Chama-se Extreme Ultraviolet lithography (EUV) e será o grande salto tecnológico na produção de processadores em 2019. A utilização da luz para gravar a disposição de todos os transístores e outros componentes num minúsculo circuito impresso. Um novo SoC que poderá equipar o futuro Huawei Mate 30.
Antes de mais nada, estamos aqui a referir processos de construção, ou melhor, litografia de processadores para dispositivos móveis. Assim, à medida que vamos diminuindo a distância entre os componentes, aumenta o poder de processamento. De igual modo, aumenta também a eficiência no consumo energético.
Pode tornar-se extremamente difícil compreender todo este jargão técnico. Afinal, o que são nanómetros senão unidades de medida inferiores ao milímetro? Ou, transístores, litografias e frequências de processamento? Números, indicadores e outros índices que à maioria dos leitores pode passar ao lado.
E além do Kirin 980? O que nos trará a Huawei em 2019?
O sucessor do Kirin 980, o atual SoC (System on Chip) topo de gama da HiSilicon, uma das filiais da chinesa Huawei. Este “motor” foi anunciado no verão passado, porém, ainda continua a ser um dos mais avançados e poderosos processadores da atualidade. Assim, marcará presença na nova geração Huawei P30.
Portanto, estamos aqui a contemplar uma nova forma de compactar milhões e milhões de transístores numa área incrivelmente diminuta. Aliás, tome-se, por exemplo, o Apple A12X, um dos Socs mais poderosos da atualidade e com 10 mil milhões de transístores. Aqui de acordo com a WCCFTech o valor é mesmo esse.
Assim sendo, estamos perante uma nova geração de SoCs, mais concretamente com o processador Kirin 985 que deverá integrar o Huawei Mate 30. Será este novo processador que trará um novo método de litografia ou gravação. Ao que tudo indica, será um método mais eficiente do que o atual processo a 7 nm.
O próximo processador da Huawei
O Kirin 985 será produzido pela tecnológica de Taiwan, a TSMC. Note-se que foi também esta empresa a primeira a produzir um processador a 7 nm, sendo um significativo salto de desempenho e eficiência face à anterior geração, a 10 nm. Assim sendo, o próximo processo trará mais melhorias em ambos os setores.
Ao contar com uma maior densidade de transístores, todos os componentes estarão essencialmente mais próximos uns dos outros. Portanto, será necessária menos energia para veicular a informação do ponto A ao ponto B, a título de exemplo e tudo isto se deverá ao novo método que empregará a luz ultravioleta.
A partir daqui, o processo EUV será o passaporte da indústria para o reino dos 5 nm e daí em diante. Ainda assim, de acordo com a lei de Moore, podemos em breve atingir um ponto em que as limitações físicas nos impedirão de continuar a compactar os SoCs. Aliás, já não faltam muitos anos para atingirmos tal ponto.
Por fim, veremos em 2019, provavelmente em outubro, o Huawei Mate 30. Este será um dos primeiros smartphones a empregar o Kirin 985, a próxima geração. Entretanto, temos ainda hoje, às 13:00 horas de Lisboa a apresentação dos novos P30.