O mobile commerce (m-commerce) está a mudar a forma como compramos online. As compras são feitas cada vez mais através de um smartphone ou de um tablet, mas ainda existem muitos obstáculos para quem quer comprar.
Só em 2015 em Portugal, segundo a Google, 41% dos compradores encontrou problemas de optimização das páginas dedicadas ao comércio online nos dispositivos móveis, uma realidade que acabou por afastar muitos potenciais compradores.
O mobile commerce é uma das principais tendências do comércio electrónico para 2016. Os consumidores online estão a substituir o computador por smartphones ou tablets, que se tornam cada vez mais intuitivos e seguros.
A utilização crescente de dispositivos móveis
Actualmente, são raras as famílias que não dispõem de um qualquer dispositivo móvel, segundo a Google cada utilizador em Portugal tem, em média, 2,3 dispositivos móveis, o que representa um crescimento de 35% desde 2013.
Esta facilidade de acesso a este tipo de equipamentos, cada vez mais sofisticados, aliadas a uma Internet móvel cada vez mais acessível são os alicerces necessários para o aumento das suas possibilidades de utilização.
As pesquisas no KuantoKusta, comparador de preços referência em Portugal, acompanham a tendência e os utilizadores que utilizam o mobile representam já 24% do total de visitas, o que reflecte um crescimento de 109% em 2015. As compras através de dispositivos móveis representaram cerca de 10 milhões de euros para as lojas parceiras do KuantoKusta.
Os desafios para as empresas e dificuldades para os compradores
Esta tendência tem vindo a criar novos desafios às lojas online. Não oferecer uma boa experiência mobile ao utilizador pode traduzir-se na perda do cliente e ficar em desvantagem perante a concorrência, sobretudo tendo em consideração que 51% dos utilizadores que pesquisam produtos através dos dispositivos móveis efectuam a compra.
Em Portugal, 41% dos consumidores revelou que encontrou problemas nas páginas mobile dos comerciantes e 21% acabou mesmo por a abandonar a página e procurar uma alternativa.
1. Conteúdos desajustados
Os potenciais compradores de produtos online através de um smartphone ou de um tablet têm que enfrentar um problema que muitas lojas ainda não solucionaram, que é a questão da optimização das suas páginas web ao mundo mobile através de sites responsivos. Os sites ainda estão feitos para funcionar só no computador com o auxílio do rato o que dificulta o clique em algum conteúdo específico no smartphone.
2. Velocidade
Outra questão, de certa forma relacionada com a anterior, prende-se com a velocidade dos sites que tende a ser bastante lenta, dada a quantidade de informação que um site de uma loja online tem para oferecer.
3. Texto
Segundo um inquérito recente desenvolvido pelo Bizrate Insights, 17% dos inquiridos 100 000 indicaram que o tamanho da fonte utilizado por algumas destas lojas online não era o mais indicado para os dispositivos móveis, mesmo para aqueles com ecrãs maiores.
4. Introdução de dados pessoais
O processo de introdução dos dados pessoais para avançar com a compra é apontado por muitos utilizadores como um processo frustrante muito por culpa do tamanho da fonte e dos conteúdos desajustados já referidos.
5. Imagens
As imagens dos produtos que são incluídas neste tipo de site deve ter um tamanho e uma resolução adaptada ao tipo de dispositivo já que é a principal “montra” do produto em questão, essencial para o momento de decisão da compra.
Actualmente, com 450 lojas online parceiras, o KuantoKusta tem dinamizado algumas acções de sensibilização para o mobile commerce. Para Paulo Pimenta, CEO do KuantoKusta, “este será um dos principais canais de compra nos próximos anos, pelo que é fundamental acompanhar o ritmo da evolução do mercado digital. Nesse sentido, temos vindo a sensibilizar as lojas parceiras para esta nova realidade, incentivando a adaptação das lojas ao formato mobile, bem como a adopção de outros procedimentos necessários.”