No início desta semana falámos de uma controversa aplicação disponível no Google Play. A “Remove China Apps” surgiu com o objetivo de identificar a origem das aplicações móveis. No entanto milhares de utilizadores estavam a usar este software para remover do seu equipamento apps desenvolvidas por programadores chineses.
A aplicação provocou uma onda de polémica, mas também interesse por parte de algumas pessoas. Assim, a Google decidiu remover esta aplicação da sua loja.
Google elimina a aplicação “Remove China Apps” da sua loja
A Google decidiu eliminar a polémica aplicação “Remove China Apps” da sua Play Store.
De acordo com a política da Google, uma aplicação da Google Play Store não poderá fazer alterações nas configurações ou nos recursos de equipamentos Android do utilizador, sem o seu conhecimento e consentimento. Para além disso, também não pode incentivar os utilizadores a remover ou desativar aplicações de terceiros.
A aplicação “Remove China Apps” foi desenvolvida no âmbito de um projeto educativo da startup OneTouch AppLabs, na Índia. O objetivo principal desta ferramenta é identificar a origem das apps.
No entanto milhares de utilizadores começaram a instalar e usar a “Remove China Apps” para eliminar aplicações criadas por developers chineses do seu dispositivo.
Através desta ferramenta, é possível remover imediatamente e de uma só vez, todas as aplicações chinesas do smartphone ou tablet Android.
A aplicação rapidamente ganhou popularidade na Índia e teve mais de 5 milhões de downloads desde o final de maio. Este sucesso foi também impulsionado por várias celebridades indianas que defendiam a remoção de apps chinesas. O interesse foi ainda maior uma vez que se vive um confronto entre a Índia e a China.
De acordo com a App Annie, de análise de aplicações, a ferramenta também era muito procurada na Austrália. Assim, rapidamente o recurso ganhou notoriedade no Google Play, chegando ao 5º lugar na categoria de utilidade.
A China reagiu e alguns chineses aconselharam mesmo os indianos a não só remover as suas apps, mas também a deitar fora os seus smartphones, uma vez que a maioria deles são fabricados na China.
Em suma, este sucesso foi ‘sol de pouca dura’ pois a aplicação acabou por ter o mesmo fim para o qual estava a ser utilizada.