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Huawei e Google antes de Trump: um altifalante inteligente condenado

A revelia entre os Estados Unidos da América e a fabricante chinesa, Huawei, resultaram no cancelamento de um dos seus futuros produtos. Mais concretamente, um altifalante inteligente que poderia passar a “viver” no seu lar, trazendo consigo a assistente virtual da Google, a sua Google Assistant.

Infelizmente o bloqueio comercial de maio último parece ter condenado este novo projeto.


A 2.ª maior fabricante mundial de smartphones estava a planear juntar-se às demais e lançar um altifalante inteligente. Isto é, um novo suporte físico para a Google Assistant, para o seu lar, ou escritório. Na prática, seria uma nova ferramenta ao seu dispor com o intuito de suportar a assistente virtual em questão.

A Huawei estava a trabalhar num novo altifalante inteligente

Ainda que as relações comerciais estejam agora a ser repostas, o projeto terá sido cancelado. De acordo com a imprensa internacional o cancelamento terá sido motivado diretamente pelo bloqueio anteriormente imposto pelos EUA. Algo que acabou por privar os consumidores de dispositivos similares aos Google Home.

Sobretudo numa época em que vemos cada vez mais soluções interligadas e inteligentes, voltadas para a nossa casa. Neste caso, seria um altifalante inteligente, atento aos nossos comandos. Mais ainda, o produto deveria ser apresentado durante a próxima edição da IFA Berlim, certame tecnológico celebrado em setembro.

 

 

Ainda de acordo com as informações agora divulgadas, o produto seria comercializado globalmente. Até mesmo nos Estados Unidos da América onde seria disponibilizado através do website da Huawei. No entanto, como a história o ditaria, com a crise de maio este foi um dos projetos cancelados.

Um suporte físico para a Google Assistant

Atualmente as principais responsáveis pelas assistentes virtuais são a Google, Amazon, bem como a Apple. Ao mesmo tempo, todas elas tem sido expostas a ondas de criticismo perante o tratamento de dados que é levado a cabo por todas elas. No entanto, só agora o holofote repousou sobre esse modus operandi.

Neste caso, ainda que algumas ativações erróneas das assistentes possam dar azo a gravações não suscitadas, não há caso para alarme. Só deste modo é que as assistentes se podem tornar mais úteis e inteligentes. Por outras palavras, os algoritmos precisam de ser alimentados com grandes doses de informações.

 

Todas as empresas supracitadas, Google, Apple e Amazon, utilizam os serviços de terceiros para transcrever as gravações feitas automaticamente pelas assistentes virtuais. Contudo, não podemos cair na tentação tablóide de classificar estes produtos como feitos para nos “espiar”. Algo que infelizmente tem sido sugerido nos títulos.

Não era a altura oportuna para um altifalante inteligente da Huawei

Independentemente da perceção errada, ou não, em torno do tema, certo é que não seria a altura adequada para a Huawei colocar tal produto no mercado. O lançamento de tal equipamento, mesmo que utilizasse a Google Assistant, levantaria quase de imediato vários temores com a privacidade do utilizador.

Posto isto, o produto seria imediatamente associado a práticas de espionagem pelo governo da China. Algo que terá sido previsto pela empresa e, entre outros fatores, levaram ao cancelamento do mesmo. Pelo menos até que se acalmem estas preocupações, ou que se ganhe mais literacia digital.

No entanto, da peça avançada pela imprensa internacional pode retirar uma importante ilação. A Huawei e a Google tinham laços mais estreitos do que o anteriormente previsto. Isto é, ambas as empresas trabalhavam em bastante proximidade, numa relação que terá começado com os Google Nexus 6P, da Huawei.

Por fim, não sabemos se este projeto alguma vez será recuperado. Fruto do “divórcio” imposto por Donald Trump, agora arrependido, é provável que nunca vejamos este produto.

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