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Este pode ser o último ano em que a Xiaomi nos dá um Mi SE

Este é o segundo ano em que a fabricante chinesa nos contempla com uma versão económica dos seus já económicos smartphones Android. Em 2018 tivemos direito ao Mi 8 SE e já em 2019, ao Xiaomi Mi 9 SE, um dispositivo promissor e que ansiamos por testar justamente. Entretanto, temos notícias pouco animadoras.

Este pode ser o segundo e último ano em que teremos direito a esta gama de smartphones Android.


O Xiaomi Mi 8 SE deixou-nos com uma boa impressão de toda esta gama de smartphones Android. Conjugando um preço ainda mais em conta com um ecrã de 5,88 polegadas de diagonal, este é um dos smartphones mais compactos da atualidade. Além disso, a marca tem ainda um dispositivo similar, o Mi 8 Lite.

Será o fim da linha para os smartphones SE?

A fim de entender as razões que podem levar a esta decisão, importa relembrar ainda que esta mesma marca comercializa também o Mi 8 Lite. Por outras palavras, acabamos por ter dois smartphones Android mais económicos dentro da gama “Mi 8”, a linha de topo. Já para não falar das variantes mais poderosas do Mi 8.

Assim sendo, é fácil perder o fio à meada quando tentamos acompanhar todos os lançamentos da marca. Com vários produtos extremamente similares entre si, é com alguma naturalidade que acolhemos esta possibilidade, ainda que possa não agradar a todos. Além do mais, o Mi 8 SE não foi tão divulgado como o Mi 8 Lite.

Ao mesmo tempo, cumpre salientar que toda esta tese se baseia nas declarações de Wang Teng Thomas, o diretor de produto na Xiaomi. Por sua vez, esta publicação foi feita na sua conta da rede social chinesa, a Weibo.

Torna-se cada vez mais difícil conceber um flagship com ecrã compacto hoje em dia. O dispositivo topo de gama tem várias tarefas a executar, sendo o ecrã pequeno um entrave. Esta geração (Xiaomi Mi 9 SE) é destinada para os mais sinceros dos utilizadores que querem um ecrã pequeno no seu dispositivo. Espero que seja bem acolhido no mercado, pois pode não existir uma próxima geração. Eu estou a usar o Xiaomi Mi 9 SE.

E depois do Xiaomi Mi 9 SE?

Aí reside o busílis da questão. Com o diretor de produto da Xiaomi a revelar-se algo frustrado com o “pequeno” ecrã de 5,97 polegadas, as verdadeiras razões podem repousar noutro lado. Em primeiro lugar, um ecrã de 6 polegadas dificilmente pode ser considerado pequeno, ou limitativo para o tipo de utilização proporcionada pelo sistema Android.

Em segundo lugar, o seu hardware é realmente incrível. Temos aqui o SoC Snapdragon 712 e um ecrã Super AMOLED Full-HD+. Aqui bem como um total 6GB de memória RAM e 64GB ou 128 GB de armazenamento interno. Já a fim de consultar todas as suas caraterísticas, pode inteirar-se aqui de todos os detalhes.

Excluindo as limitações virtualmente inexistentes do hardware. Bem como o ecrã que é tudo menos pequeno, as razões para o possível fim residem noutro lado. Ainda que não o possamos comprovar, este dispositivo Android pode ser simplesmente pouco rentável para empresa. Mesmo para uma marca que nos últimos anos se tem contentado com uma margem de lucro de 5% nos seus produtos.

A dúbia rentabilidade destes smartphones Android

Em suma, não podemos ter certezas quanto ao destino desta linha de smartphones Android. Contudo, sabemos sim que este Xiaomi Mi 9 SE é extremamente competitivo no seu mercado natal. Custando o equivalente a 262 Euros na sua versão base. Em jeito de curiosidade o Xiaomi Mi 9 SE sobe até aos 300 Euros, na China, com 128 GB de armazenamento interno.

Pesando todos estes fatores, resta realmente saber se a marca o planeia comercializar fora da China. Aliás, e acima de tudo, resta saber se para a Xiaomi compensa realmente fabricar um dispositivo com estas configurações? Creio que esta será a verdadeira questão.

Algo que nos leva ao encontro do artigo que deixamos em seguida.

 

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