O tema não é novo, mas teve agora um desfecho novo. A Apple e a Samsung viram uma investigação da comissão anti-monopólio italiana dar razão às queixas dos utilizadores que alegavam que estas abrandavam de forma propositada os seus smartphones.
No final ambas as marcas vão ter de pagar uma multa elevada para compensar as práticas realizadas e que lesaram os utilizadores dos dispositivos.
As multas que vão ser aplicadas resultam de investigações da comissão anti-monopólio italiana. No caso da Apple a multa foi fixada em 10 milhões de euros e no caso da Samsung o valor é menor, tendo ficado nos 5 milhões de dólares.
As queixas dos utilizadores, que deram origem à investigação, surgiram depois de ser conhecido o caso em que foi revelado que a Apple tinha colocado o iPhone 6 mais lento para esconder um problema de bateria.
O caso acabou por ser resolvido com a criação de um programa de troca de baterias a preços mais reduzidos e também com a colocação no iOS de uma opção que desabilita esta funcionalidade.
O caso da Samsung é algo surpreendente principalmente pela sua idade. Remonta a 2016 e está relacionado com a pressão feita pela marca para que os utilizadores do Note 4 instalassem uma versão do Android criada para o Note 7. Após essa alteração, os smartphones acabaram por perder desempenho.
O valor mais elevado da multa da Apple resulta da empresa não ter informado adequadamente sobre as características das suas baterias de lítio, nomeadamente a sua duração média ou os procedimentos de manutenção.
Esta investigação decorria desde janeiro deste ano, depois de muitas queixas dos utilizadores destes equipamentos. Para além de poder abrir a porta a outras investigações e multas noutros países da União Europeia, vem também colocar o foco nestes problemas e na defesa dos consumidores.