O Android é um sistema que recorrentemente se vê exposto a problemas de segurança graves. Tipicamente, são aplicações que são lançadas na Play Store e lojas similares que conseguem infectar milhares de equipamentos e roubar dados ou outros elementos.
Um estudo recente veio revelar um cenário ainda pior e muito preocupante para os utilizadores do Android. Em 2014, 1 em cada 6 aplicações existentes para Android era um malware disfarçado.
Os números apresentados resultam de um estudo feito pela Symantec, realizado durante o ano de 2014, e revelam um cenário muito negro para o Android e para as aplicações que os utilizadores têm acesso.
Do que pode ser visto nesse estudo, a percentagem de aplicações maliciosas nas diferentes lojas de aplicações a que utilizador tem acesso estão cada vem mais preenchida com software que depois de instalado se revela uma dor de cabeça para os utilizadores.
Este número é extremamente elevado, rondando os 17%, um valor que não se esperaria ver e que mostra fragilidades nos sistemas de aprovação de aplicações nas lojas Android.
Mas para além deste número elevado, há um ainda mais preocupante e igualmente alto. Falamos do software que a Symantec categorizou como greyware.
Este software não se revela problemático no momento da instalação, mas algum tempo depois assume a sua verdadeira identidade e acaba por se tornar maligno. Este software representa já cerca de 36% das aplicações disponíveis para instalação.
Este estudo avaliou mais de 200 lojas de aplicações para Android, de onde foram descarregadas mais de 50 mil aplicações.
A maioria do malware encontrado pretende principalmente roubar dados do utilizador, como números de telefone e listas telefónicas, para depois serem vendidas.
Há ainda os que levam os smartphones a enviar SMS para serviços de valor acrescentado ou que apresentam publicidade em qualquer aplicação e sem o controlo do utilizador.
As áreas onde existe maior propagação deste malware são em locais onde é difícil ou impossível o acesso à loja de aplicações da Google o que obriga os utilizadores a recorrerem a lojas de aplicações não oficiais e onde estas estão muitas vezes adulteradas ou alteradas para propósitos muito específicos.
Curiosamente este mesmo estudo conseguiu encontrar três aplicações para iOS que eram malware, mas que obrigavam os utilizadores a ter jailbreak para que algum problema fosse criado.
O problema maior do Android está mesmo nas aplicações que se obtêm de lojas paralelas às oficiais e onde não existe qualquer controlo sobre as aplicações ali disponibilizadas.