A CES deste ano foi, mais uma vez, recheada de novidades e de dispositivos diferentes, que mostram o caminho que será seguido e quais as principais tendências.
Naturalmente que no meio de tanta novidade existem sempre algumas que se destacam, por um ou outro factor. Desta vez surgiu o Remix Ultra Tablet, um tablet que é nada mais nada menos que um clone do Surface Pro, mas com Android.
É normal as empresas procurarem incorporar nos seus produtos as melhores características que se conseguem ver no mercado, ajustando-as ao seu visual e à sua imagem.
Mas existem casos que por vezes são óbvios demais e que revelam uma cópia descarada do que a concorrência oferece.
O caso do Remix Ultra Tablet deixa uma enorme dúvida no ar. É mesmo um Surface Pro ou estamos perante uma adaptação levada demasiado à letra?
Este tablet foi lançado por três ex-funcionários da Google que criaram uma máquina que pretende tornar-se uma ferramenta de trabalho com as dimensões mais ajustadas e mais adequadas a qualquer utilizador.
As especificações do Remix não ainda totalmente conhecidas, mas sabe-se já que tem um ecrã de 11,6 polegadas e que corre uma versão proprietária do Android, o Remix OS, adaptada a monitores maiores.
Tudo no Remix lembra a série Surface Pro da Microsoft. Desde o seu teclado magnético que pode ser ligado facilmente ao tablet até ao suporte traseiro que pode ser ajustado nos mesmos ângulos que os equipamentos da Microsoft (40 e 80 graus).
Mas as semelhanças com os equipamentos da Microsoft vão ainda mais longe. O próprio Remix OS é muito parecido com o Windows, apresentando uma barra de tarefas, onde as aplicações abertas favoritas dos utilizadores vão estar alojadas, quer estejam ou não abertas.
Tal como muitos utilizadores disseram antes, na altura do lançamento dos surface Pro, esta seria a combinação perfeita. Pois então o Remix vem agora ser apresentado como a solução perfeita.
Estes três ex-funcionários da Google, que trabalhavam no Google Search, Google AdWords e Google Maps, parecem ter acertado no formato mais adequado para um tablet de trabalho, com a base Android.
O problema é perceber se a Microsoft os vai deixar sequer chegar ao mercado. As semelhanças com os Surface são por demais óbvias e isso será o suficiente para que surjam processos e impedimentos de lançamento.
