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Análise: 5 motivos para escolher o Xiaomi Mi A2 com Android One

O Xiaomi Mi A2 foi apresentado em julho. Destaca-se essencialmente por colocar de lado a interface tão característica da Xiaomi, a MIUI, para dar lugar ao Android Puro tão desejado por muitos dos utilizadores.

O Xiaomi Mi A2 é ainda uma excelente opção a considerar num mundo onde os smartphones surgem como cogumelos. Hoje, além de uma breve análise, apresentamos os motivos pelos quais o Mi A2 é uma boa escolha, no segmento de gama média.


Vídeo – 5 motivos para escolher o Xiaomi Mi A2

Especificações gerais

O programa Android One tem hoje um vasto leque de smartphones das mais variadas marcas. É aqui que também a Xiaomi está presente. Depois do enorme sucesso do Mi A1, que deu um impulso importante ao programa da Google, a marca lançou mais dois modelos. Estes estão osicionados em gamas diferentes: o Mi A2 Lite na entrada de gama e o Mi A2 na gama média, modelos que já estão a começar a receber a atualização do Android 9.0 Pie.

O Mi A2, ao contrário da versão Lite, é livre de entalhe no ecrã, proporcionando assim uma experiência de utilização ainda melhor e mais imersiva. O ecrã é de 5,99″ com resolução FullHD+ com um rácio de 18:9.

O processador que o equipa é o Qualcomm Snapdragon 660 com a GPU Adreno 512. O Xiaomi Mi A2 está disponível nas versões 4 + 64 GB (modelo em análise), 6 + 128 GB e ainda numa versão com menos armazenamento de 4 + 32 GB. Este modelo não permite expansão do armazenamento através de cartão de memória.

Para fotografia e vídeo conta com uma câmara dupla na traseira de 12 MP (f/1.8) + 20 MP (f/1.8), criando fotos com excelentes resultados em modo retrato, com o plano de fundo desfocado. Na frente, a câmara é de 20 MP com abertura f/2.2.

A bateria é de 3000 mAh, tem porta USB Tipo-C, sensor de impressões digitais na traseira, giroscópio, sensor de proximidade, Bluetooth 5.0, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac e não inclui jack de áudio de 3,5mm.

Na caixa vem o Xiaomi Mi A2, o cabo USB/USB Tipo-C, o adaptador de corrente (2A), um adaptador USB Tipo-C/jack de áudio 3,5mm, uma capa em silicone e um manual de instruções rápidas.

Construção e Design

O Xiaomi Mi A2 apresenta a mesma configuração que o Mi 6X (modelo com MIUI), algo que já acontece com os seus outros modelos integrados no programa Android One.

A construção é integralmente em metal, com plástico injetado na zona superior e inferior da traseira do smartphone, onde estão colocadas as antenas. Os acabamentos são boleados, para uma maior ergonomia, e o ecrã tem um vidro frontal com acabamento 2.5D. O Mi A2 é um smartphone bastante fino e leve com uma dimensão de 158,7 x 75,4 x 7,3 mm e um peso de 166 g.

Na lateral esquerda a marca colocou o slot para inclusão de dois cartões nanoSIM; em baixo existe a grelha de áudio e a porta USB Tipo-C; à direita os botões de volume e power; e em cima, um microfone e o sensor de infravermelhos, para que o smartphone possa funcionar como um controlo remoto.

Na frente não existe qualquer botão físico e apenas foram colocados os elementos habituais na zona superior: os sensores de luminosidade e proximidade, a câmara de 20 MP, o altifalante, um flash LED e ainda um pequeno LED de notificações.

Na traseira existe a câmara dupla no canto superior esquerdo, com o flash LED entre as duas câmaras, o sensor de impressões digitais, que funciona de forma muito eficiente, e no fundo a inscrição da marca MI e do programa Android One.

Ecrã

O ecrã do Mi A2 é de 5,99″ com resolução FullHD+ e com um rácio de 18:9. O facto de não ter entalhe (notch) é encarado como uma vantagem para muitos fãs da marca. Apesar deste facto diminuir a área que o ecrã ocupa na estrutura, a experiência de visualização acaba por ser muito mais rica, tal como a própria experiência de utilização.

Apresenta um bom contraste e pretos profundos. Contudo, não tem um bom ajuste automático a diferenças de luminosidade. Quanto à utilização do smartphone em ambientes de luz solar forte, é apenas satisfatório.

Interface e desempenho

O Mi A2 vem com o Android na versão 8.1.0, mas já está a receber a atualização do Android 9 (Pie). Este é o Android na sua forma mais pura. Sendo que se nota muito pouco da influência da marca chinesa. Tal como já explicámos, o Android One garante ao utilizador as grandes atualizações do sistema operativo num período de pelo menos 2 anos.

As aplicações no Xiaomi Mi A2 surgem assim em gaveta e à esquerda do home screen encontra-se o serviço Assistente Google. Traz ainda consigo as várias aplicações Google e ferramentas básicas de utilização.

O processador que equipa o Mi A2 é o já nosso conhecido Snapdragon 660, que equipa smartphones como o Xiaomi Mi Note 3, Elephone U Pro ou Azus ZenFone 4, e a GPU é a Adreno 512. O modelo em análise vem equipado com 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento.

Eis os resultados de benchmarck:

Na prática é um smartphone muito rápido, sem atrasos na execução das tarefas, sem lag e em jogos não há problema com o carregamento de gráficos em jogos mais exigentes. O aquecimento não é relevante para a boa utilização e mantém um bom comportamento mesmo com aplicações abertas em segundo plano.

A reprodução de som revelou-se bastante agradável para a gama. Como tal, não apresenta nem ruídos nem agudos estridentes. Em navegação, através de apps como o Google Maps e Waze, não foram verificadas falhas durante o tempo de testes. Por fim, ao nível de chamadas de voz a qualidade está dentro do esperado.

Câmaras

A Xiaomi há muito que se afirmou no que respeita à qualidade fotográfica dos seus smartphones. As câmaras estão cada vez melhores em todas as gamas, a competir sempre ao lado das maiores marcas.

Na traseira a câmara tem um módulo de dois sensores, um de 12 MP e outro de 20 MP, ambos com abertura f/1.8. A câmara frontal é de 20 MP com abertura f/2.2. Não sendo esta uma das melhores câmaras para filmar, algo que surpreende pela positiva é o facto de já permitir gravação de vídeo 2160p @ 30fps (4K).

Nos exemplos seguintes apresento algumas selfies captadas em modo normal e com efeito de fundo desfocado:

Nas fotos de retrato, o efeito desfocado no plano de fundo está muito bem conseguido. Há uma boa distinção entre o plano principal e o plano de fundo.

Nas fotografias captadas com a câmara principal, os pormenores e contornos estão bem definidos. Isto acontece nas várias cenas e ambientes. Em fotografias com mais pormenor, a distância de foco é aceitável. De referir que o elemento em destaque surge bem definido e há um agradável desfoco dos elementos à volta.

Autonomia

A bateria do Xiaomi Mi A2 é de 3000 mAh. Com carregador de 2A, carrega na sua totalidade em cerca de 2 horas. Não é mau, mas seria uma vantagem se carregasse de forma um pouco mais rápida, tendo em consideração o histórico da marca.

Depois, em termos de autonomia, a questão repete-se. Esperava-se mais… Um dia de utilização é garantido, mas com uma utilização comedida. Era desejável chegar ao fim de um dia de 12/13 horas ainda com mais de 40% de bateria, algo que nunca ocorreu. Ao fim desse período de tempo, o mais comum foi atingir em torno dos 15%.

Veredicto

Estamos perante um smartphone com garantias de atualizações por dois anos. Além disso, vem com o Android no seu estado mais puro. Uma vez que estamos perante um Xiaomi, o preço será umas das suas vantagens.

Este modelo está disponível por um preço que varia entre os 200 e os 260 €. Dependendo, claro, da versão escolhida. Estes são ótimos preços para aquilo que oferece. No momento da escolha da loja é preciso ter em consideração que dar mais do que estes valores indicados pelo Xiaomi Mi A2 deixa de compensar. Há lojas a praticar preços a rondar os 300 €, o que é exagerado.

O bom desempenho, os resultados ao nível da fotografia, o seu design e as suas atualizações garantidas representam de forma global os aspetos mais positivos do Mi A2. No entanto, a falta de NFC e a própria autonomia, poderão ser um entrave para alguns utilizadores, ainda que não sejam decisivos para rejeitar esta opção.

O Pplware agradece à Smarttalk a cedência do Xiaomi Mi A2 para análise.

Xiaomi Mi A2

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