O acordo que existia entre o Universal Music Group e o TikTok expira nesta quarta-feira e não foi renovado. A editora, que controla um terço da música distribuída do mercado, anunciou que vai retirar todo o seu catálogo da rede social, alegando que ela tem um império musical “sem pagar o valor justo”.
A Universal Music anunciou, hoje, que vai retirar todo o seu catálogo de músicas do TikTok e deixar de licenciar conteúdos para os serviços TikTok e TikTok Music. O acordo que as duas empresas estabeleciam não foi renovado, por falta de consenso, relativamente ao valor a pagar pelos direitos de autor das músicas.
Numa carta aberta “aos artistas e escritores da comunidade musical”, intitulada “Why We Must Call Time Out on TikTok”, a editora aponta que a plataforma tem um negócio à base da música “sem pagar o valor justo”.
TikTok perderá milhões de músicas
Segundo avançado pelo Público, a Universal Music acusa a empresa chinesa de utilizar táticas de intimidação para a forçar a aceitar um contrato “menos justo e menos valioso” do que o atual para os artistas que representa.
Atualmente, as principais editoras discográficas recebem direitos das plataformas de streaming e das redes sociais pelos seus conteúdos.
A Universal Music representa artistas como Taylor Swift, The Weeknd e Drake, controlando um terço da música distribuída do mercado. A não renovação do acordo poderá deixar a rede social sem milhões de músicas, já a partir de fevereiro.
Além desta questão dos direitos de autor e de acusar a plataforma de “bullying”, a Universal Music alega querer proteger os artistas, e diz-se preocupada com “os efeitos nocivos da Inteligência Artificial e a segurança dos utilizadores do TikTok”.
O TikTok respondeu, em comunicado, alegando que a Universal Music está a retratar uma “narrativa falsa”:
É uma deceção que a Universal Music tenha colocado a sua ganância acima dos interesses de artistas e escritores.