O Facebook bloqueou várias contas de apoiantes do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. A ação foi motivada por uma ordem judicial emitida pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que os acusa de divulgar notícias falsas sobre juízes.
Cada vez está mais aguçada a ‘guerra’ que envolve as redes sociais e importantes personalidades ligadas à política e a cargos de poder.
Facebook elimina conta de grupo de apoiantes de Jair Bolsonaro
O Supremo Tribunal Federal do Brasil já havia emitido uma ordem judicial para que o Facebook bloqueasse, a nível mundial, algumas contas de apoiantes de Bolsonaro. Essas mesmas contas estão associadas à propagação de notícias falsas e a discursos de ódio durante as eleições presidenciais do Brasil em 2018. As contas pertencem a personalidades como por exemplo o magnata de negócios Luciano Hang e o líder do partido político Roberto Jefferson.
Esta ordem veio no seguimento de um inquérito aberto em março de 2019 onde foram investigadas ameaças, notícias faltas e várias ofensas contra membros do Supremo Tribunal e das suas família, disseminadas pelos perfis ligados ao Presidente do Brasil. Este, por sua vez, sempre negou as acusações e referiu mesmo que o Supremo Tribunal é que havia inventado o “gabinete de ódio”.
Já em maio o Tribunal ordenou o bloqueio de 16 dessas contas no Twitter e 12 no Facebook. Mas a rede social de Mark Zuckerberg apenas avançou com o bloqueio no Brasil, alegando que ia contra a liberdade de expressão.
No entanto agora o juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal, entendeu que o Facebook não havia cumprido a ordem e fez a rede social pagar uma multa de 1,92 milhões de reais, cerca de 312 mil euros. Para além disso, a plataforma teve ainda que pagar 100 mil reais, 16.260 euros, por cada dia de não cumprido da ordem.
Facebook acabou por cumprir a ordem judicial
Em comunicado, o Facebook justificou a decisão de não cumprimento total da ordem judicial dizendo que esta entrava “em conflito com leis e jurisdições em todo o mundo“. Mas a rede social de Zuckerberg acedeu ao pedido do Supremo e bloqueou as contas depois que um dos seus funcionários no Brasil enfrentou uma “ameaça de responsabilidade criminal“.
Contudo, o Facebook recorreu desta decisão no Supremo Tribunal Federal do Brasil.