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Mais uma: Albânia vai proibir o TikTok durante um ano, após a morte de um rapaz de 14 anos

O TikTok está sempre sob os olhares das autoridades e governos, que ameaçam ou implementam restrições. Agora, a decisão partiu da Albânia: o país vai proibir a rede social durante um ano, na sequência da morte de um rapaz de 14 anos.


O Governo da Albânia planeia bloquear o acesso ao TikTok durante um ano, depois de um assassinato ter suscitado preocupações sobre a influência das redes sociais nas crianças. O rapaz de 14 anos terá sido esfaqueado até à morte por um colega, na sequência de uma discussão entre os dois nas redes sociais.

O primeiro-ministro, Edi Rama, atribuiu a culpa da situação particularmente ao TikTok, defendendo que este alimenta a violência e o bullying, especialmente entre os jovens. A proibição deverá começar no início de 2025.

Durante um ano, vamos fazer uma campanha de sensibilização para as crianças: durante um ano, vamos encerrar completamente o TikTok para toda a gente. Não haverá TikTok na Albânia.

Anunciou Edi Rama, depois de reunir com pais e professores, acrescentando que “o problema hoje não são os nossos filhos, o problema hoje somos nós, o problema hoje é a nossa sociedade, o problema hoje é o TikTok e todos os outros que estão a tomar os nossos filhos como reféns”.

Em resposta, o TikTok afirmou não ter encontrado provas de que qualquer um dos dois rapazes tivesse contas na plataforma, e pediu “esclarecimentos urgentes ao Governo albanês” sobre o esfaqueamento.

Não encontrámos provas de que o autor ou a vítima tivessem contas no TikTok e vários relatórios confirmaram que os vídeos que conduziram a este incidente estavam a ser publicados noutra plataforma e não no TikTok.

 

Proibição do TikTok não é consensual na Albânia

A proibição do TikTok faz parte de um plano mais alargado que visa tornar as escolas mais seguras. As autoridades introduziram uma série de medidas de proteção, começando por uma maior presença policial, programas de formação e uma cooperação mais estreita com os pais.

O gabinete do primeiro-ministro afirmou que, na China, o TikTok “evita que as crianças sejam sugadas para este abismo”. Contudo, a Albânia é demasiado pequena para obrigar o TikTok a alterar o seu algoritmo, de modo a não promover “a propagação do inferno interminável da linguagem do ódio, da violência e do bullying”.

A decisão de Edi Rama não é consensual, com Ina Zhupa, do Partido Democrático, a afirmar que “a decisão ditatorial de encerrar a plataforma TikTok é um ato grave contra a liberdade de expressão e a democracia”.

Mais do que isso, o líder do principal partido da oposição albanesa acredita tratar-se de “um puro ato eleitoral e um abuso de poder para suprimir as liberdades”.

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