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Facebook terá mais utilizadores mortos do que vivos em 2079, diz estudo

O novo estudo, com dados das Nações Unidas e com base na evolução da rede social, bem como da taxa de mortalidade, dá-nos agora esta data – 2079. Caso o Facebook deixasse, agora, de receber novos utilizadores, dentro de 50 anos o número de perfis de mortos superará o número de perfis de pessoas / utilizadores vivos.

O estudo foi feito por investigadores do Oxford Internet Institute, departamento da Universidade de Oxford.


Não é de todo um cenário impossível. Sobretudo com grande parte da população mundial já a utilizar o Facebook, este cenário extremo começa a despertar a nossa curiosidade. E se de repente a rede social deixasse de receber novos utilizadores? E como podemos escapar da nossa mortalidade, a eterna questão sem resposta.

Estarão os mortos a tomar conta do Facebook?

Com efeito, o novo estudo acaba por tentar responder a estas duas questões. Poderá o Facebook tornar-se num cemitério virtual? E qual é a nossa responsabilidade, enquanto sociedade, na documentação digital da nossa vida, nomeadamente na rede social. Nesse sentido, podemos agora apurar as conclusões deste mesmo estudo.

A publicação académica explora assim dois cenários possíveis. Em primeiro lugar, com o término imediato do registo de novos utilizadores (aplicando-se no final de 2018). Em segundo lugar, a rede social continuará a crescer a um ritmo de 13% até que atinge todo o potencial mercado em cada país e para cada faixa etária.

Ainda assim, tal como frisam os investigadores, nenhum destes cenários se deverá verificar, pelo menos tal e qual é descrito na publicação. São duas hipóteses, uma extrema e outra mais ponderada, mas que nos dão uma ideia aproximada do número de utilizadores mortos que continuarão no Facebook, o cemitério digital.

Dois cenários para quantificar os utilizadores mortos no Facebook

Independentemente das conclusões do estudo, os próprios autores admitem que, por volta de 2060, teremos centenas de milhares de perfis de utilizadores mortos na rede social. Já para sustentar as suas previsões, a equipa de investigadores utilizou várias métricas fornecidas pelas Nações Unidas.

Mais concretamente, informações como a taxa de mortalidade por faixa etária e nacionalidade. Além disso, terão descartado a ferramenta do próprio Facebook, o Audience Insights face à tendência reiterada da rede social em inflacionária estes valores. Ainda assim, a equipa reconhece que podem existir falhas nas conclusões.

Das métricas fornecidas pelo Facebook estão excluídos vários grupos. Por exemplo, a rede social não divulga o número de perfis de utilizadores com menos de 18 anos. De igual modo não revela o número de perfis de utilizadores com mais de 65 anos. Aliás, o mesmo se aplica aos perfis de utilizadores que já faleceram.

Até 2100, a rede social estará repleta de perfis “mortos”

Saltando para as conclusões, até 2100 deverão existir, pelo menos 1,4 mil milhões de perfis pertencentes a utilizadores mortos, ainda presentes na rede social. Este é o valor encontrado, no cenário A, em que a rede social deixava de ter novos utilizadores no fim de 2018. Sendo, mais uma vez, uma situação hipotética.

Com efeito, mesmo perante o escândalo Cambridge Analytica (e vários outros desde então), a rede continua a crescer. Desse modo, caso o Facebook continue a crescer ao ritmo atual, em 2100 o número de utilizadores falecidos ultrapassará os 4,9 mil milhões. Temos ainda a concentração de perfis “mortos” por região, acima.

Acima temos os gráficos ilustrativos dos dois cenários. Em primeiro lugar, caso a rede social deixasse de receber novos utilizadores em 2018. Em segundo lugar, mantendo a atual taxa de crescimento a 13%. Em ambos os casos a previsão vai até 2100, cifrando os diferentes resultados para utilizadores falecidos.

Que conclusões daqui podemos retirar?
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