Há muito que se especula sobre a possibilidade do Facebook estar a escutar as conversas dos seus utilizadores nos dispositivos móveis para assim lhes servir anúncios dirigidos e com base nas suas conversas.
A empresa sempre negou tal prática, mas esta ideia nunca desapareceu. Sempre que o assunto volta a ser conversa, o Facebook volta a ter necessidade de o negar, tal como aconteceu agora.
A forma como as empresas obtêm informações para apresentar publicidade dirigida na Internet é muito variada e em alguns casos um pouco obscura. Sempre que possível são usados métodos para aceder diretamente aos dados dos utilizadores e às conversas que estes têm.
O Facebook tem sido acusado em várias ocasiões de obter dados de forma pouco legal, nomeadamente através das conversas que os utilizadores dos smartphones têm. Recentemente, num podcast tecnológico chamado Reply All, o seu apresentador PJ Vogt pediu aos espectadores que dessem a sua opinião sobre se o Facebook os escutava e recolhia informações das suas conversas.
I run ads product at Facebook. We don't – and have never – used your microphone for ads. Just not true.
— Rob Goldman (@robjective) October 26, 2017
Uma das primeiras respostas veio do vice-presidente da área de publicidade do Facebook, Rob Goldman, que negou que a maior rede social da Internet o faça ou que alguma vez o tenha feito.
Mesmo com esta informação, que o Facebook tem repetido ao longo dos anos, vários foram os casos de utilizadores que mostraram que o Facebook os escutava e deram exemplos reais de situações destas.
I have been talking about getting a cat. I didn't post about it anywhere but I DID start seeing ads for cat food.
— kelley (@kelleyblythe_) October 26, 2017
A coworker got an ad saying "so you popped the question!" minutes after he proposed, before he told anyone it had happened
— Tori Hoover (@torihoover) October 27, 2017
A verdade é que não existem provas de que esta prática esteja a ser usada pelo Facebook e que, muito provavelmente estes anúncios sempre estiveram presentes sem que os utilizadores reparassem neles.
Por outro lado também não existem provas de que tal prática não seja realizada. As apps móveis do Facebook têm acesso ao microfone e podem perfeitamente registar as conversas. A verdade é que a dúvida sempre existiu e sempre estará presente, com provas claras e cabais para cada uma das ideias, sem que se chegue a qualquer conclusão.