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Facebook continua a gastar demasiada bateria no iPhone

Que a aplicação móvel do Facebook é responsável por consumos de bateria anormalmente elevados já todos sabemos. Esta é uma verdade em qualquer um dos sistemas operativos móveis e uma realidade impossível de contornar.

Mas do que tem sido visto, as novas versões desta aplicação estão a conseguir contornar as medidas que o iOS implementa para evitar actividade em segundo plano, aumentado ainda mais estes consumos energéticos.

Uma das frentes onde o Facebook tem investido é nas plataformas móveis e nas suas aplicações dedicadas. Depois de terem percebido que este é o caminho do futuro, resolveram apostar nesta área e aí cativar os utilizadores.

Sobrevivendo exclusivamente de publicidade, à imagem de outras empresas, o Facebook tem de conseguir garantir que os utilizadores passam o maior tempo possível nas suas aplicações e para isso recorrem a vários mecanismos, mais ou menos claros.

Uma das medidas que os utilizadores mais frequentemente aplicam para evitar que o Facebook consuma energia e dados de forma anormal é o desactivar das actualizações em segundo plano.

Mas esta medida do iOS está a ser simplesmente ignorada e a aplicação continua a actualizar-se e a trazer novas actualizações para os utilizadores, mesmo sem estes o quererem.

Quem descobriu este comportamento foi Matt Galligan, que num artigo publicado descreveu todas as suas conclusões. Com a actualização em segundo plano desligada, o Facebook tinha mais tempo de actualizações do que de utilização efectiva, o que resultava num consumo anormal de bateria.

Com estes dados e com esta constatação depressa surgiram várias teorias sobre a forma como o Facebook consegue contornar a proibição de actualização em segundo plano.

As mais coerentes assentam na utilização da colocação em segundo plano das chamadas VOIP, que têm permissões para estar activas mesmo contra indicação do utilizador, o audio em segundo plano, que permite a reprodução de conteúdos, e as notificações de push, para manter acesso constante aos seus serviços.

Através destes canais autorizados o Facebook depois consegue trazer novos dados para a sua aplicação e alertar os utilizadores para os mesmos, despertando a sua curiosidade e levando-os a abrir a aplicação.

Nick Heer respondeu ao artigo original de Galligan e traçou o cenário do aproveitamento do Facebook de forma bem clara e as suas intenções.

Make no mistake: this is user-hostile. Facebook is actively creating channels to continue refreshing their app in the background when the user has explicitly stated that they do not want it to. Ironically, the best way to reduce the battery and data consumption of the Facebook app in the background is to switch Background App Refresh back on. Better still, remove the Facebook app from your phone

Revelou ainda que a melhor forma de acabar com estes abusos é mesmo a remoção completa da aplicação do Facebook e a utilização do browser do iOS para aceder à rede social.

Uma última teoria, proposta por Federico Viticci, mostra que o Facebook está a conseguir usar uma funcionalidade que criou na sua aplicação e que faz uso do áudio para estar sempre activo.

Falamos dos vídeos que a aplicação reproduz, de forma automática na maioria dos casos, e que se estiverem a emitir som, mesmo que sem qualquer áudio real, tem permissões para manter a correr a aplicação em segundo plano.

Quando se esperaria que o Facebook aplicasse os seus esforços para garantir a melhor performance geral da sua aplicação, principalmente em termos energéticos, surgem todas estas formas que se sabem poder ser usadas para contornar as limitações impostas pelos utilizadores e assim garantir uma presença quase constante dentro da maior rede social da Internet.

Detectam este comportamento no vosso iPhone?

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