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Estudo associa médicos que promovem fármacos nas redes sociais a farmacêuticas

Um novo estudo concluiu uma ligação entre os médicos que promovem medicamentos nas redes sociais e os pagamentos que recebem de empresas farmacêuticas.


Realizado por uma equipa de investigadores de várias instituições norte-americanas, o estudo recente revela que um grande número de médicos que promovem medicamentos no X são remunerados pelos fabricantes desses medicamentos. Esta descoberta levanta uma série de questões éticas. A investigação foi publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA).

Os investigadores tinham como objetivo investigar até que ponto os apoios dos médicos nas redes sociais são influenciados por pagamentos farmacêuticos. Para percebê-lo, focaram-se no X, procurando recomendações de medicamentos publicadas por médicos.

Relativamente à verificação dos dados relativos aos pagamentos, a equipa recorreu ao Open Payments, um site gerido pelos Centers for Medicare and Medicaid Services (CMS). Esta base de dados permite ao público ver quanto dinheiro os médicos recebem das empresas farmacêuticas, para investigação, honorários de oradores, consultoria, entre outras formas de compensação.

Segundo o Tech Times, dos 28 médicos que promoviam medicamentos na plataforma, 26 tinham recebido pagamentos das suas fabricantes. Mais, 24 destes receberam pagamentos especificamente relacionados com o medicamento que estavam a promover.

Embora não seja ilegal, nos Estados Unidos da América, que os médicos sejam pagos para recomendarem medicamentos, as conclusões do estudo sugerem potenciais conflitos de interesses que suscitam preocupações quanto à objetividade dos conselhos médicos partilhados com o público. Ainda mais, quando estes conselhos são partilhados em redes sociais, onde a informação prolifera verdadeiramente rápido.

Apesar de o estudo abordar uma amostra reduzida de médicos, estando limitado nesse aspeto, este dilema suscita questões sobre se as ligações financeiras no setor dos cuidados de saúde beneficiam verdadeiramente os doentes.

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