Infelizmente as notícias que associam desafios das redes sociais a mortes de crianças e jovens não param de acontecer. O desenvolvimento intelectual das crianças faz com que não sejam capazes de medir os riscos que correm ao entrarem nestes desafios. Uma criança de 13 anos morreu na sequência do “Desafio do Benadryl” a circular no TikTok. A rede social já veio falar sobre o caso.
Mais uma criança que morre… Eis o Desafio do Benadryl
Este não foi o primeiro caso de uma vítima do Desafio do Benadryl. Já em 2020, uma rapariga de 15 tinha morrido depois de tomar uma dose exagerada deste medicamento.
O desafio que circula pelo TikTok incita os jovens a tomar até 14 comprimidos de Benadryl, um medicamento para alergias. E claro, que se filmem e partilhem o vídeo para propagar a corrente. Contudo, a sobredosagem pode causar a redução da pressão arterial e o aumento da frequência cardíaca.
Há ainda outros efeitos como a desidratação, sonolência extrema, falta de coordenação, náuseas, obstipação, problemas a urinar, visão turva, delírio, tremores, convulsões e calor corporal excessivo.
Jacob Stevens, de 13 anos, do estado norte-americano de Ohio, é mais recente vítima do desafio. Estava a ser filmado por outros amigos e depois de tomar a medicação começou a ter convulsões, foi hospitalizado e morreu ao fim de 6 dias.
A resposta do TikTok
O TikTok prestou as condolências à família e afirmou que os conteúdos na rede social são moderados, não tendo conhecimento de que este conteúdo estava a ser tendência.
Um porta-voz referiu ao site Dexerto que a rede social proíbe e remove todo “o conteúdo que promova comportamentos perigosos” sendo a “segurança da comunidade uma prioridade”.
Nunca vimos esse tipo de tendência de conteúdo na nossa plataforma e bloqueamos as pesquisas por anos para ajudar a desencorajar o comportamento de imitação
A verdade é que conteúdos perigosos à segurança das crianças continua a circular no TikTok. E se julga que os seus filhos estão em segurança porque não têm o TikTok nos dispositivos de casa, saiba que muitos desses conteúdos são replicados no YouTube, onde cada vez mais crianças passam tempo demasiado a ver os Shorts.
Os educadores têm que estar conscientes do tipo de conteúdos que os educandos têm acesso e têm que trabalhar para serem a influência positiva para eles, para que as crianças não tenham que procurar as piores referências e aceitação em grupos fora do seu controlo.