Pplware

WMO: temperaturas extremas de 2022 mostram necessidade de mais ação

No verão, testemunhamos temperaturas às quais não estávamos habituados e, se lhe pareceram uns meses abafados, prepare-se, porque, como já vimos, 2023 vai chegar e vai ser ainda pior. Se o Serviço Meteorológico Nacional do Reino Unido já tinha deixado o alerta, desta vez, o aviso surge de uma outra entidade.

A World Meteorological Organization (WMO) já avisou que é preciso definir medidas concretas para resolver o problema.


Tendo em conta os efeitos climáticos que o mundo conheceu e viveu, ao longo do ano de 2022, bem como as suas consequências devastadoras, a WMO emitiu uma declaração, na qual alerta para a necessidade de tomar medidas concretas que permitam resolver o problema.

Este ano, enfrentámos várias catástrofes climáticas que custaram demasiadas vidas, e prejudicaram a saúde, a alimentação, a energia, o acesso a água potável e até mesmo as infraestruturas. Um terço do Paquistão foi inundado, com efeitos económicos devastadores e perdas humanas; ondas de calor que quebraram recordes na China, Europa, América do Norte e do Sul; a seca sem fim no Corno de África pode significar uma catástrofe humanitária.

Disse o secretário-geral da WMO, acrescentando que “há necessidade de aumentar a preparação para tais eventos extremos e de assegurar que cumprimos o objetivo da ONU de Early Warnings for All nos próximos cinco anos”.

 

Os avisos vão chegando e as temperaturas extremas continuam a ser devastadoras

Como já tínhamos visto aqui, o Serviço Meteorológico Nacional do Reino Unido partilhou que o próximo ano trará uma das temperaturas médias globais mais elevadas alguma vez registadas. Se em 2022 já conhecemos meses de calor (quase) insuportável, aparentemente, 2023 será um ano ainda pior, com consequências a atingir diferentes regiões do planeta.

Conforme recorda o Hipertextual, 2023 será o 10.º ano consecutivo em que as temperaturas estão, em média, pelo menos, um grau acima da média pré-industrial. Esse aumento, apesar de parecer residual, está a resultar em incêndios florestais maciços, ondas de calor e secas generalizadas, em várias regiões do globo.

O tempo extremamente quente causa desequilíbrios que são registados, também, no inverno. Desde quedas de neve em sítios onde não deveriam ocorrer, tempo extremamente frio, e tempestades que deixam um rasto de estragos.

O calor que vamos sentir, em 2023, sê-lo-á por duas razões: o fim do ciclo de La Niña, que tende a resultar em temperaturas mais baixas na superfície do Oceano Pacífico; e as emissões de gases com efeito de estufa, que se prevê que ultrapassem os recordes de 2022.

Exit mobile version