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Vaticano será mais verde: Papa Francisco quer a construção de uma central solar

O Papa Francisco deu instruções às autoridades do Vaticano para começarem a trabalhar com as autoridades italianas para transformar o Estado numa organização mais ecológica.


A Igreja Católica começou a abordar publicamente as alterações climáticas com o Papa Paulo VI. Em 1971, este expressou a sua preocupação relativamente ao facto de a “exploração da natureza pela humanidade arriscar destruí-la”.

Contudo, foi sob a direção de Bento XVI, há duas décadas, que o Vaticano começou a divulgar planos para se tornar o primeiro “Estado neutro em carbono” com a construção da Floresta do Vaticano na Hungria, em 2007. Esta iniciativa ainda não se concretizou, mas, em 2008, o Vaticano instalou 2400 painéis solares nos telhados da Sala Paulo VI, segundo a ACI Africa.

Eleito em 2013 e autor de uma série de iniciativas relacionadas com as alterações climáticas, o Papa Francisco deu, agora, instruções às autoridades do Vaticano para começarem a trabalhar com as autoridades italianas, no sentido de transformar o Estado numa organização ecológica.

Esta vontade foi manifestada, por via do seu motu proprio Fratello Sole, uma proclamação oficial do Papa para a Igreja Católica Romana.

O Papa Francisco procura que as autoridades italianas e do Vaticano iniciem a construção de uma central solar na zona extraterritorial de Santa Maria di Galeria, que fornecerá energia não só à estação de rádio do Vaticano, mas a todo o Estado, com uma população estimada em cerca de 825 pessoas.

É necessário fazer uma transição para um modelo de desenvolvimento sustentável que reduza as emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera, estabelecendo o objetivo da neutralidade climática.

A humanidade dispõe de meios tecnológicos para fazer face a esta transformação ambiental e às suas perniciosas consequências éticas, sociais, económicas e políticas e, entre estes, a energia solar desempenha um papel fundamental.

Conforme informação partilhada pela ACI Africa, as emissões de carbono do Vaticano podem parecer insignificantes, com uma produção de cerca de 0,0000443% em 2022. Contudo, este continua a demonstrar o seu empenho na causa, reduzindo a sua pegada de carbono enquanto Estado oficial e enquanto apoiante da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas de 1992.

 

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