Não é novidade que têm sido cada vez mais empresas e países a declarar que serão neutros em emissões aquando um determinado horizonte estabelecido. No entanto, o caminho faz-se caminhando e, por isso, é importante conhecer as promessas que vão sendo feitas. Desta vez, estas partem dos principais bancos mundiais.
Até 2050, ou antes, mais de 40 dos principais bancos mundiais pretendem representar um total de zero emissões.
Bancos do mundo unidos contra as alterações climáticas
Mais de 40 dos principais bancos mundiais formaram uma aliança, a Net-Zero Banking Alliance (NZBA), concordando em representar zero emissões, até 2050, ou mesmo antes. Entre eles estão o Barclays, Lloyds, NatWest e Santander que, distribuídos por 23 países, controlam um total de ativos de 28,5 biliões de dólares.
Este é um desafio que os bancos assumem, embora seja também, de acordo com Mark Carney, conselheiro financeiro do primeiro-ministro de Inglaterra e ex-governador do Banco de Inglaterra, um “momento crítico” para o setor financeiro se envolver e adaptar ao combate às alterações climáticas.
O Presidente dos Estados Unidos da América também teve oportunidade de opinar e, em véspera de cimeira climática, diz que, para si, a questão é que os bancos “ponham esse dinheiro a trabalhar para ajudar a nossa economia a descarbonizar e não apenas a economia do Reino Unido, mas economias de todo o mundo, porque estes são os maiores atores do sistema financeiro”.
Dinheiro direcionado para o clima
Todos os bancos aderentes à NZBA concordam em diminuir as suas emissões até 2030 e apertar ainda mais os objetivos até 2050. De forma a tornar o processo transparente, publicarão anualmente os dados relativos às suas emissões e progressos.
Conforme explicou Mark Carney, o dinheiro deverá ser utilizado para ajudar a alcançar os objetivos estabelecidos que visam o combate às alterações climáticas, bem como a criação de empregos.
Além disso, quando questionado sobre o consumidor médio, garantiu que as pensões serão afetadas positivamente, porque a mudança pretende “reduzir os riscos do futuro”.
Estamos a pôr essas pensões e esse dinheiro a funcionar de uma forma que vai melhorar a nossa economia e melhorar a nossa sociedade. Portanto, esse é um efeito positivo, para ser absolutamente claro.
Explicou à Sky News.