Portugal é um dos países que mais aposta na energia renovável. Em janeiro o nosso país bateu mesmo um recorde na produção de energia sem carvão. O sistema elétrico nacional esteve 111 horas sem usar a produção térmica clássica.
De acordo com a REN, em fevereiro a produção renovável foi responsável por 88% do consumo de energia elétrica em Portugal.
Energia renovável abasteceu 88% do território nacional…
A REN – Redes Energéticas Nacionais, revelou recentemente que a produção de energia renovável em Portugal atingiu em fevereiro deste ano o valor mais elevado desde abril de 1979, tendo a energia hidráulica atingido o maior valor de sempre.
Segundo o comunicado da REN, “a produção renovável abasteceu 88% do consumo de energia elétrica em fevereiro, incluindo saldo exportador, e a não renovável os restantes 12%”, pelo que se trata “da percentagem renovável mais elevada desde abril de 1979.
É ainda referido que “o saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, equivaleu a cerca de 20% do consumo nacional”. De acordo com a empresa da energia “o consumo de energia elétrica apresentou uma contração homóloga de 3,1%, devido fundamentalmente ao efeito de ano bissexto, com menos um dia este ano.
Em fevereiro, “as condições foram particularmente favoráveis para as energias renováveis. O índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,85 (média histórica igual a 1), com a produção hidráulica a registar a produção mensal mais elevada de sempre, com 2709 GWh [Gigawatt-hora], enquanto o índice de produção eólica registou 1,19 (média histórica igual a 1)”, de acordo com a empresa.
Nestes dois meses, a produção renovável abasteceu 79% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 42%, eólica com 30%, biomassa com 5% e fotovoltaica com 2%”, ao passo que a produção não renovável “abasteceu 21% do consumo, fundamentalmente com gás natural, representando o carvão apenas 2%”, tendo o saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, sido de cerca de 6% do consumo nacional.
Como referido, em janeiro já tinham sido batidos os recordes de consumo de eletricidade, com um crescimento homólogo de 2,7%, tendo a REN registado no mês “uma primeira quinzena muito forte devido às temperaturas baixas e uma segunda quinzena já em queda, com o novo confinamento”.