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Depois da era do aquecimento global, Terra chegou à era da ebulição. Entenda!

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que a era do aquecimento global terminou, para dar lugar à “era da ebulição global”. António Guterres mostrou-se preocupado e alertou para a necessidade de o mundo mexer todos os cordelinhos de que dispõe para resolver este problema.


Independentemente do termostato de cada um, os especialistas partilharam que o mês de julho terá sido o mais quente de sempre. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o programa de observação da Terra da União Europeia, o Copernicus, este mês, as temperaturas globais bateram recordes preocupantes.

Numa conferência de imprensa, o secretário-geral da ONU, António Guterres, não tardou em lamentar que “a era do aquecimento global terminou; a era da ebulição global chegou”.

A humanidade está na berlinda. Para vastas zonas da América do Norte, Ásia, África e Europa, este é um verão cruel. Para todo o planeta, é um desastre. E para os cientistas, é inequívoco: a culpa é dos humanos.

Tudo isto é inteiramente consistente com as previsões e os repetidos avisos. A única surpresa é a velocidade da mudança. As alterações climáticas estão aqui, são aterradoras, e estão apenas a começar.

Como já vem sendo seu apanágio, o secretário-geral da ONU dirigiu-se aos governos, alertando os políticos para a necessidade urgente de medidas:

O ar é irrespirável, o calor é insuportável e o nível de lucros dos combustíveis fósseis e a inação climática são inaceitáveis. Os líderes têm de liderar. Não há mais hesitação, não há mais desculpas, não há mais espera que os outros atuem primeiro. Simplesmente não há mais tempo para isso.

Segundo explicou, “ainda é possível limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C [acima dos níveis pré-industriais] e evitar o pior das alterações climáticas”. Para isso, contudo, é imprescindível “uma ação climática dramática e imediata”. Apesar dos progressos a que temos assistido, na perspetiva do português, “nada disso está a ir suficientemente longe ou a ser suficientemente rápido”.

António Guterres, secretário-geral da ONU, durante uma conferência de imprensa, ontem, 27 de julho de 2023

Para Petteri Taalas, secretário-geral da OMM, “a necessidade de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa é mais urgente do que nunca”; “a ação climática não é um luxo, mas uma obrigação”.

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