Poderia ser uma fantasia daqueles que não suportam as longas filas de trânsito, ou daqueles que detestam passar horas na estrada para chegar ao seu destino. Mas não é. A Virgin Hyperloop está efetivamente a construir o transporte do futuro, onde as pessoas e as mercadorias completarão viagens de forma ultrarrápida, naqueles que serão os anos 20 do século XXI.
A Reuters fez uma visita exclusiva à cápsula testada no ano passado e às instalações desta ideia com séculos que saiu finalmente do papel.
Virgin Hyperloop reinventou um conceito há muito desejado
Foi no início dos anos 1900 que a ideia surgiu, a partir do cientista de foguetões Robert Goddard. Posteriormente, nas décadas de 1960 e 1970, a França tentou desenvolver uma tecnologia semelhante que nomeou de Aerotrain. No entanto, a falta de financiamento deixou que o projeto caísse por terra.
Mais recentemente, em 2013, o empresário que tão bem conhecemos pela ambição que projeta em todos os investimentos, Elon Musk, despertou a ideia, modernizando-a.
No entanto, é a Virgin Hyperloop que está efetivamente a mostrar resultados. No deserto a norte de Las Vegas, baseia-se um comprido tubo de metal branco que promete revolucionar o conceito de viagens como as conhecemos.
Uma cápsula que revolucionará o transporte de passageiros e de mercadorias
A Virgin Hyperloop está a desenvolver, em parceria com o Virgin Group de Richard Branson, uma tecnologia, para que cápsulas de passageiros sejam, espera-se, disparadas a mais de 1200 km/h, através de túneis de vácuo, utilizando levitação magnética.
De acordo com o cofundador e CEO, Josh Giegel, “vai parecer um avião na descolagem e quando estiver me velocidade”. Além dos pormenores sobre a tecnologia e a estrutura, a Reuters teve acesso a uma visita exclusiva à cápsula utilizada no teste realizado em novembro.
Não terá sequer turbulência porque o nosso sistema é completamente capaz de reagir a toda essa turbulência. Pense em cancelamento de ruído, mas cancelamento de colisão, se quiser.
Disse Josh.
As cápsulas acomodarão 28 passageiros e poderão ser personalizadas para longas e curtas distâncias, bem como adaptadas a passageiros ou a mercadorias.
Embora ainda se encontre numa fase inicial, Josh prevê viagens comerciais já em 2027. No entanto, as baterias necessárias e alguns sensores estão ainda em desenvolvimento.
A cápsula, que poderá revolucionar a forma de transporte, da mesma forma que os carros, aviões e barcos, estará exposta na exposição “FUTUROS” do Smithsonian Historic Arts and Industries Museum, em Washington, no final do Verão.