Com a evolução dos carros, a introdução da condução autónoma e outras tecnologias de segurança, as regras de trânsito também terão de se adaptar, de evoluir. Como tal, o semáforo tradicional, tal como o conhecemos, com uma luz vermelha, amarela e verde, poderá ser “atualizado” e receber uma outra luz, que tem um novo objetivo!
O Semáforo, também conhecido sinal luminoso, foi usado pela primeira vez em 9 de dezembro de 1868, em Londres. Inspirado na ferrovia, um engenheiro desenhou o sinal com dois braços móveis que se acionavam movendo cabos a partir de uma torre.
Esta unidade continha duas lâmpadas de gás com uma luz vermelha e outra verde. Não teve uma existência longa, já que em 2 de janeiro de 1869, por causa de um acidente, explodiu provocando a morte de um agente da autoridade. Foi retirado e até agosto de 1914 não se voltou a instalar um semáforo, o que aconteceu em Cleveland, no que é considerado o primeiro semáforo com o aspeto atual.
Passados mais de 150 anos, os sinais luminosos, tal como os vemos nas estradas podem ter os dias contados. Isto porque a evolução dos carros também obrigará a uma atualização deste importante sinal de trânsito.
De acordo com engenheiros da Universidade Estatal da Carolina do Norte (IEEE), nos EUA, no futuro, os semáforos poderão contar com uma quarta luz branca que avisa os condutores para seguirem o carro autónomo à sua frente.
A luz vermelha ainda significa que tem de parar. As luzes verdes ainda significarão que tem de avançar. E as luzes brancas dirão aos condutores humanos para simplesmente seguirem o carro à sua frente.
Referiu o engenheiro Ali Hajbabaie no site da universidade norte-americana.
Simulações computacionais mostraram que o semáforo de quatro luzes melhora significativamente o tempo de viagem nos cruzamentos e reduz o consumo de combustível.
E, só para esclarecer, a cor da ‘luz branca’ não importa. O importante é que haja um sinal claramente identificável pelos condutores.
Acrescentou Hajbabaie.
Esta luz branca é ativada quando um número suficiente de carros autónomos se aproximam de uma interseção, o que permite que os veículos se comuniquem sem fio uns com os outros e com o computador que controla os sinais de trânsito.
De acordo com as simulações, as melhorias no fluxo de tráfego começam pequenas, mas tornam-se significativas quando o número de veículos autónomos atinge 10% de todo o tráfego numa interseção de fase branca. À medida que a percentagem de veículos autónomos aumenta, os benefícios também aumentam.
Mesmo que apenas 10% dos veículos numa interseção de fase branca sejam autónomos, os atrasos podem ser reduzidos em 3%. Quando 30% dos veículos são autónomos, os atrasos são reduzidos em 10,7%.