A crise dos semicondutores tem vindo a afectar vários segmentos da economia. A falta de chips teve enorme impacto no segmento automóvel, no setor da tecnologia, entre outros.
Segundo as mais recentes notícias, a crise dos semicondutores na indústria automóvel pode estar perto do fim.
Segmento automóvel também com impacto a nível nacional
Construtores do segmento automóvel foram obrigados a diminuir produção de veículos nos últimos três anos, mas analistas apontam perspetivas positivas para a escassez de chips no setor em 2023, segundo revela o DN.
Hugo Barbosa, diretor de comunicação da Renault Portugal, refere que…
Para se ter uma ideia, [antes] um automóvel mais convencional teria qualquer coisa como 120 a 150 semicondutores e hoje facilmente ultrapassa os 300
A prudência na redução das compras de chips foi o ponto de viragem para o que viriam a ser três anos marcados pela escassez de um componente essencial em várias indústrias, nomeadamente a das tecnologias de informação.
Em território nacional, os impactos também se fizeram sentir. Na Autoeuropa, em Palmela, a produção foi interrompida em vários momentos, situação que se repetiu na Stellantis, em Mangualde, de onde saem veículos Peugeot, Citroen e Opel.
As maiores perturbações aconteceram sobretudo em 2021, com este ano a assistir a alguma estabilização.
Jorge Magalhães, diretor de comunicação da Stellantis referiu que…
A crise mundial de semicondutores afetou a atividade da fábrica da Stellantis em Mangualde, o que levou à aplicação do lay-off e à suspensão do arranque de um turno adicional previsto para maio
No segundo semestre de 2022 a produção não foi impactada por esta situação.
Na Renault Cacia, no distrito de Aveiro, a produção é sobretudo de caixas de velocidades, bombas de óleo e outros componentes que não sofrem na mesma proporção os efeitos da escassez de semicondutores.
No mesmo grupo com mais vendas ao exterior está a alemã Bosch, que a partir de Braga desenvolve e produz soluções multimédia e sensores para automóveis. Fonte oficial não especifica o impacto da crise na atividade, embora garanta que esta é “uma situação a que nem mesmo a Bosch pode escapar” e que está a trabalhar para “manter o impacto o mais baixo possível”.