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Quais as falhas mais comuns nos carros elétricos com 10 anos?

Dados sobre as falhas mais comuns nos carros elétricos ao longo dos primeiros 10 anos de vida indicam que as baterias não são, afinal, o calcanhar de Aquiles que se pensava.


As baterias dos carros elétricos são, por muitos, apontadas como um problema desta nova era da mobilidade. Com o tempo, os dados parecem mostrar outra coisa.

Apesar dos casos ocasionais em que a bateria falha na totalidade ou em certos módulos, com um custo de reparação elevado se estiver fora da garantia, alguns dados mostram que as baterias são mais duráveis do que se pensava inicialmente.

Um estudo da consultora Grupo P3, em cooperação com os especialistas em análise da Aviloo, que analisou dados de 7000 carros elétricos, após 300.000 km, mostra que as baterias ainda têm uma capacidade média remanescente de 87%.

Além disso, de acordo com um estudo da empresa de serviços de reparação de automóveis elétricos EV Clinic, que recolhe dados de 20 parceiros de reparação de carros elétricos em todo o mundo, as avarias mais comuns nos primeiros 10 anos de vida de um modelo elétrico centram-se em três áreas: motores elétricos, carregadores de bordo e inversor.

Por sua vez, as baterias surgem em quatro lugar. Neste caso, as baterias em forma de bolsa são apontadas como as mais problemáticas, e as cilíndricas como as mais fiáveis e mais fáceis de reparar.

 

Modelo e marca dos carros elétricos importam

Relativamente à fiabilidade dos veículos, existem diferenças em função do modelo e da marca. De ressalvar que os analisados são propostas de primeira geração, uma vez que os mais recentes ainda não acumularam dados suficientes para fornecer amostras fiáveis. De qualquer forma, considerando que terão sistemas mais evoluídos, os seus resultados futuros deverão ser melhores do que os atuais.

A Tesla é uma das empresas com melhor desempenho no que respeita a baterias. Além dela, a Volkswagen com e-Golf e e-up, a Hyundai com o Ioniq, a BMW com o i3, e a Mercedes com o Classe B receberam, também, boas avaliações.

Depois, de acordo com os dados da EV Clinic, o Renault ZOE, fabricado entre 2013 e 2016, é “incrivelmente fiável”, pois nunca foi necessário reparar um sistema de bateria.

Também a primeira geração elétrica da Smart, desenvolvida pela Mercedes e no mercado desde 2012, é uma “verdadeira obra-prima”, conforme os dados.

Há ainda dados sobre a Stellantis, incluindo a Fiat, Opel, Peugeot e Citroën, cujos motores elétricos podem falhar após 12.000 quilómetros. A detentora dos dados cita, sobretudo, problemas com a garantia, o fornecimento de peças sobresselentes e a documentação.

Os veículos elétricos não são nem tecnicamente mais seguros, nem mais inseguros do que os veículos com motores de combustão.

Escreveu o TÜV, que se foca na segurança, e não tanto na fiabilidade e facilidade de reparação, conforme citado pela imprensa.

Segundo partilhou, os defeitos são mais frequentemente encontrados na área não elétrica, por exemplo, na suspensão, eixos ou travões.

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