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Produção de carros de passageiros pela Stellantis atingiu o nível mais baixo desde 1956

Os números recentes da Stellantis corroboram a fase complicada pela qual o grupo está a passar. Além de a produção ter caído, os automóveis de passageiros atingiram o nível mais baixo desde 1956.


À semelhança de outras fabricantes europeias, aquele que é o quarto maior fabricante de automóveis do mundo está a lutar contra a fraca procura, especialmente de veículos totalmente elétricos, a incerteza regulamentar e a forte concorrência chinesa.

Em dezembro, o sindicato FIM-CISL afirmou que a Stellantis montou 475.090 veículos, em Itália, contra os 751.384 em 2023. A produção caiu 37%, no ano passado, segundo os dados do sindicato, numa altura em que a fabricante tenta recuperar de uma relevante queda nas vendas e na rentabilidade.

A produção de automóveis de passageiros, especificamente, diminuiu 46%, atingindo o nível mais baixo desde 1956. Por sua vez, segundo a Automotive News Europe, a produção de veículos comerciais ligeiros caiu 17%.

Para fazer face ao excesso de capacidade em Itália, o grupo tem-se apoiado fortemente em programas de despedimento temporário financiados pelo Estado. Em dezembro, a Stellantis apresentou um plano para aumentar a produção, mas só se prevê um aumento a partir de 2026, graças ao lançamento de novos modelos.

Além disso, a produção na fábrica de Mirafiori, em Turim, deverá ser interrompida até à terceira semana de janeiro.

 

Sindicatos preocupados com a Stellantis

A FIM-CISL disse que se juntaria a um protesto, em Bruxelas, planeado por uma organização trabalhista, no dia 5 de fevereiro, duas semanas antes de a Comissão Europeia apresentar o seu “acordo industrial limpo”.

Esta é uma batalha para a Europa. Os países isolados só podem perder.

Avisou Ferdinando Uliano, líder do sindicato, dizendo que é importante rever os objetivos da União Europeia para a redução das emissões de carbono dos veículos, que deverão entrar em vigor a partir de 2025.

O líder disse ainda que “estamos muito preocupados com a Maserati”, após a produção da fábrica de Modena ter caído 79%. Com a produção da fábrica do grupo em Mirafiori, em Turim, a cair 70%, no ano passado, a fábrica da Maserati, em Modena, que é o coração do “vale dos automóveis” italiano, teve uma queda superior.

Em Itália, a Stellantis tem cinco fábricas de automóveis, bem como uma unidade para veículos comerciais.

Em dezembro, a Stellantis prometeu investir 2 mil milhões de euros, em Itália, em 2025, para produzir novos modelos em algumas das suas fábricas no país.

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