A China produz atualmente mais do que o que o mercado consome. Como tal, os preços dos painéis solares estão em queda há várias semanas, atingindo valores tão baixos que são já históricos. Espera-se que este cenário acelere ainda mais a transição energética.
China domina a indústria solar, mas Europa aposta forte
Os preços dos painéis solares fotovoltaicos chineses atingiram um mínimo histórico, com o Chinese Module Marker (CMM) a cair pela quarta semana consecutiva para 0,173 dólares por W.
O CMM registou uma queda semanal sem precedentes de 11,73%, marcando a maior descida percentual da sua história. O excesso de oferta de placas, especialmente na Europa, contribuiu para esta tendência descendente.
Os preços do polissilício na China desceram significativamente, aproximando-se do limiar dos CNY60/kg (cerca de 7,5€/kg).
Os especialistas preveem que os preços dos painéis solares continuarão a descer, estabilizando no próximo trimestre.
O mercado europeu registou um grande aumento das instalações solares, com um recorde de 46,1 GW instalados em 2022. Apesar disso, os armazéns das empresas chinesas em toda a Europa estão cheios, uma vez que cerca de 85 GW de módulos foram enviados para o continente no ano passado.
Portanto, em termos práticos, a descida dos preços dos módulos solares chineses poderá beneficiar a Europa. Embora a China domine a indústria solar, a Europa quer impulsionar a sua própria indústria para garantir a segurança energética, cumprir os objetivos climáticos e criar emprego.
A União Europeia criou a Aliança Solar para aumentar a capacidade de produção, incentivar o investimento e estabelecer uma indústria transformadora europeia.