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Por que motivo Donald Trump quer a Gronelândia?

A poucos dias de regressar à Casa Branca, Donald Trump deu a conhecer intenções expansionistas. Além da anexação do Canadá, o republicano chamou o Canal do Panamá de “Canal dos Estados Unidos”, sugeriu rebatizar o Golfo do México de “Golfo da América” e cobiçou a Gronelândia. Que interesse vê o futuro Presidente dos Estados Unidos nesta ilha?


Com o título de maior ilha do mundo, a Gronelândia tem sido tema de manchete pelo interesse que Donald Trump demonstrou em conquistá-la, referindo-se ao objetivo como “essencialmente um acordo imobiliário”.

Afinal, a Gronelândia foi uma colónia dinamarquesa até 1953, mas, durante a 2.ª Guerra Mundial, foi ocupada pelos Estados Unidos, num período em que a Dinamarca esteve sob a ocupação da Alemanha.

Embora os Estados Unidos tenham devolvido a ilha à Dinamarca, em 1945, mantiveram uma base militar no noroeste do país, que tem, portanto, uma grande relevância estratégica.

Além de ser a maior ilha do mundo, a Gronelândia alberga, também, um dos mais ricos depósitos de terras raras.

“As terras raras constituem um grupo muito especial de 17 elementos químicos e são apelidadas “vitaminas da indústria” porque, à semelhança das nossas vitaminas, têm um papel fundamental no desenvolvimento tecnológico”, lê-se no Público.

A Gronelândia alberga o depósito de Kvanefjeld, que se crê ser um dos mais ricos depósitos de terras raras do mundo. Além disso, está recheado de urânio, crucial para o desenvolvimento nuclear.

Portanto, o interesse de Donald Trump reside, essencialmente, nesses minerais, tendencialmente mais relevantes para as indústrias automóvel, tecnológica, energética, e de armamento.

Trata-se de minerais essenciais. Trata-se de recursos naturais. Podem chamar-lhe Doutrina Monroe 2.0, mas faz tudo parte da agenda America First.

Explicou Michael Waltz, futuro conselheiro de segurança nacional de Donald Trump, ao apresentador da Fox News, Jesse Watters, sem dar detalhes.

Conforme recordado, os especialistas em política de segurança têm defendido que as nações ocidentais deveriam unir-se para garantir que a China, que controla a grande maioria dos minerais de terras raras do mundo, não consegue uma posição na Gronelândia.

 

 

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