Perante o crescimento dos carros elétricos e a queda na procura de gasolina, a ExxonMobil, uma das maiores e mais antigas petrolíferas do mundo, vai aumentar a produção de produtos químicos.
Concorde-se ou não, os elétricos estão a ganhar estrada, numa tendência forçosamente crescente. Este crescimento está a ser reconhecido até pelas grandes petrolíferas que, em vez de o negarem, estão a adaptar-se.
Caso disso é a ExxonMobil, herdeira da Standard Oil de John D. Rockefeller e uma das maiores e mais antigas empresas do setor. A gigante do petróleo está empenhada em diversificar as suas áreas de atuação, considerando os desafios ambientais e o incentivo constante para a transição para fontes de energia mais limpas.
Por reconhecer que a procura pela gasolina e o gasóleo está a diminuir, pela reentrada dos carros elétricos, a empresa americana, que é uma ávida defensora dos combustíveis fósseis, está a trabalhar na adaptação ao mercado.
Estamos a planear transferir alguma dessa produção de gasolina para destilados e matérias-primas químicas. Temos projetos que sabemos que vamos realizar para dar esses passos.
Partilhou o vice-presidente da Exxon, durante uma reunião de acionistas.
Além de adaptar as suas fábricas para produzir produtos a partir do petróleo bruto, como lubrificantes e matérias-primas para plásticos, a petrolífera vai também apostar no biodiesel.
Na perspetiva da empresa, esta é uma alternativa particularmente atrativa, uma vez que reconfigurar as refinarias existentes custa, segundo o vice-presidente da empresa, “cerca de metade do que construir uma nova fábrica”.
Aliás, juntando o útil ao agradável, prevê-se que a procura de biodiesel, que é produzido a partir de óleo vegetal ou de gordura reciclada, quadruplique para nove milhões de barris por dia até 2050.
A Exxon planeia manter a aposta no gasóleo, utilizado principalmente nos transportes pesados. Estes que, na ótica da petrolífera, não estarão tão expostos à eletrificação.
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