Quando questionada sobre o tema, a Tesla repensou e partilhou a sua opinião relativamente à construção do interior dos carros autónomos, sugerindo bancos que rodam para trás.
Os carros são desenhados tendo por base um princípio comum de que serão conduzidos por seres humanos, que, por sua vez, usarão uma manete de velocidades e pedais.
Com a evolução tecnológica e o aparecimento de novos conceitos, como os modelos autónomos, que não precisam de um condutor, abre-se uma porta de possibilidades de conceção, especialmente no que ao interior dos veículos diz respeito.
As entidades responsáveis estarão a avaliar se ou como devem regular esta questão em termos de segurança, e, na Austrália, foi pedida a opinião do setor. A Tesla respondeu:
Não, uma vez que isso teria um impacto negativo nos projetos para fins específicos em termos de segurança ou conforto. Por exemplo, quando um ADS [Automated Driving System] de nível 4 está operacional, o sistema pode dar ao condutor que se tornou ocupante a possibilidade de reclinar totalmente o seu banco e dormir.
Em termos de requisitos relativos aos cintos de segurança, sugerimos que estes sejam aplicáveis apenas quando o condutor humano estiver a controlar o veículo, a menos que o ADS dê instruções específicas ou exija outra coisa.
Partilhou a Tesla, quando questionada sobre se os veículos com “níveis mais elevados de automatização da condução”, mas que ainda têm “controlos de condução manuais” deveriam ter “requisitos específicos sobre a posição do assento quando o ADS está ativado”.
Além disso, a fabricante opinou que “desde que sejam implementadas medidas de segurança adequadas, é possível conceber veículos que facilitem bancos totalmente reclináveis ou rotativos, ou modelos sem bancos orientados para a frente, ou ainda modelos de veículos em que apenas exista um lugar sentado ao centro (por exemplo, para veículos pesados)”.
Apesar de a Tesla poder estar apenas a acautelar potenciais inovações, já planeadas ou não, tentando limitar as regras, a verdade é que esta perspetiva pode estar associada aos próximos produtos da marca, sobre os quais devemos saber mais, no futuro.