Agora é a vez do petróleo? Nos últimos meses todos nós temos sentido na carteira o preço dos combustíveis. Com algumas quebras e até descontos ao nível do ISP, esperava-se que o preço da gasolina e gasóleo baixassem.
No entanto, a aliança dos produtores de petróleo OPEP+ revelou hoje que vai baixar a produção de petróleo. Vão haver um corte de 2 milhões de barris por dia e preços dos combustíveis vão certamente aumentar.
Corte na produção já era esperado devido à queda de preços do petróleo
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, já veio criticar fortemente a queda drástica na produção de petróleo anunciada pela OPEP + em dois milhões de barris por dia, considerando-a como uma medida de “curto prazo”.
O anúncio do corte foi feito pelo vice-ministro do Petróleo do Irão, Amir Hossein Zamaninia, no final de uma conferência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus 10 países produtores aliados, incluindo a Rússia, o México e o Cazaquistão.
O corte na produção já era esperado e é justificado pela forte queda dos preços do petróleo, esperando-se que a decisão de hoje permita incentivar uma recuperação dos valores pagos à OPEP.
Os preços do petróleo caíram de cerca de 120 para 90 dólares (de cerca de 121,3 euros para 91,3, à taxa de câmbio atual) há três meses devido ao receio de uma recessão económica global, mas também pelo aumento das taxas de juros dos Estados Unidos e pela subida do valor do dólar. Com esta redução de barris diários, os preços dos combustíveis irão certamente aumentar.
A descida de produção, que terá início a partir de novembro, é a maior desde maio de 2020, quando estava no início a pandemia de COVID-19 e foi aprovada pelos membros da aliança a pouco mais de um mês das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos.