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“Negociação mais difícil que a Volkswagen já viu”: começam as greves em todas as fábricas

A Volkswagen tem conduzido negociações com os seus funcionários, na Alemanha, procurando encontrar uma solução que, reduzindo os custos, não prejudique as condições da sua força de trabalho. Agora, no âmbito da “mais difícil batalha de negociação coletiva que a Volkswagen alguma vez viu”, os funcionários começaram uma série de greves, em todas as fábricas do país.


A partir de hoje, os funcionários da Volkswagen, na Alemanha, estão convocados para uma série de greves de âmbito nacional. O objetivo passa por contestar a proposta da direção que sugere cortes salariais para salvar os lucros do grupo alemão, afetados pela queda das receitas e das vendas.

As greves surgem, agora, na sequência dos avisos deixados pelo principal sindicato da Volkswagen, o IG Metall, que alertou para esta possibilidade, caso as duas partes não chegassem a um acordo. A ausência de consenso resultou no fim da paz social assinada por ambas as partes até ontem, domingo.

Na segunda-feira, começam as greves de aviso em todas as fábricas. Esta será a mais difícil batalha de negociação coletiva que a Volkswagen alguma vez viu.

A Volkswagen incendiou os nossos acordos coletivos e, em vez de apagar este fogo em três negociações coletivas, o conselho de administração está a lançar barris de gasolina.

O que se segue agora é o conflito que a Volkswagen criou. Nós não o queríamos, mas vamos combatê-lo com todo o empenho necessário.

Disse Thorsten Gröger, diretor regional do IG Metall na Baixa Saxónia.

A bandeira do sindicato IG Metall em frente à fábrica da Volkswagen, em 2 de dezembro de 2024. Crédito: Jens Schlueter/ AFP (via The Local)

Segundo Daniela Cavallo, líder da comissão de trabalhadores, há uma grande frustração entre os funcionários: “Estou certa de que teremos uma grande resposta quando as primeiras ações tiverem lugar”.

No âmbito da negociação coletiva, o conselho de administração da Volkswagen sugere, entre outras coisas, uma redução salarial de 10% para os cerca de 120.000 trabalhadores das fábricas de Wolfsburg, Braunschweig, Hannover, Salzgitter, Emden e Kassel, bem como de três filiais. Além disso, não exclui a possibilidade de encerramento de fábricas.

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