Quem não quer um carro elétrico barato e fácil de conduzir? E fácil de montar? Ficou confuso? Bom, isto dos carros já parece aquele negócio de vender móveis às peças e incentivar ao “faça você mesmo”. Como tal, uma empresa fabricante de automóveis lembrou-se do seguinte: se quer um carro barato, monte-o. Tome lá as peças, sim, estão aqui 4 rodas, as portas, volante, motor e outros componentes, agora faça um carro. Bons passeios!
Vender um carro elétrico barato tipo Ikea
A Luvly sabe que os carros elétricos não são baratos. Especialmente se o processo levar a viatura até ao concessionário, com todas as suas rodas, portas e controlos disponíveis. Como? Sim, não estamos a falar de entregar um carro com funções limitadas devido à falta de chips, estamos a falar de receber um carro funcional com todos os seus componentes disponíveis.
Esta empresa sueca criou uma nova forma de enviar os seus carros elétricos a um preço muito em conta: em peças. A ideia é que, empilhadas juntas, as peças ocupam muito menos espaço do que um veículo que já tenha sido montado. Então, porque não enviá-lo para o seu destino desta forma?
Dentro desta caixa, tem o seu carro
O Luvly 0 é um carro muito simples. Tem 2,70 metros de comprimento, 1,53 metros de largura e 1,44 metros de altura. A carroçaria é montada num motor elétrico e bateria que promete um consumo de 6 kWh/100 km, um alcance até 100 quilómetros e uma velocidade máxima de 90 km/h. Tudo isto perfaz um total de menos de 400 kg.
O objetivo é vender este tipo de carro elétrico por 10.000 euros. Claro, no método tradicional, há custos pelo meio. A distribuição não é grátis. Agora, com menos espaço ocupado, o preço pode ser bem mais em conta.
Portanto, num contentor com capacidade para quatro carros, eles são capazes de transportar as partes de 20 veículos. No destino, o carro é montado por oficinas que têm acordos com a marca.
Neste momento, o seu site não indica para quais países ou regiões podem ser enviados, nem que oficinas fazem parte do seu programa.
Os clientes irão também participar desta tarefa de montar o carro. A bateria é da responsabilidade do proprietário. Esta pesa 15 kg e é amovível. Possivelmente será como a de algumas bicicletas elétricas urbanas, retirar a bateria para a carregar numa tomada doméstica.
A Luvly deve estar ciente das reticências que o seu produto pode suscitar. De facto, uma das primeiras respostas que encontramos no seu site está relacionada com a segurança do veículo. De acordo com eles, o Luvly é completamente seguro e foi “concebido com tecnologias de carros de corrida” em termos de absorção de choques.
Todos querem cortar nos custos intermédios
A redução do tamanho do produto enviado pode ser essencial para a viabilidade ou poupança de uma empresa. O custo da distribuição é tal que, por exemplo, algumas marcas chinesas estão a comprar os seus próprios navios para controlarem todo o processo por elas próprias.
Lembram-se da Apple ter eliminado o carregador do iPhone? Pois bem, isso permitiu redesenhar a caixa e colocar até 70% mais telefones na mesma palete. A Apple também disse que com isso poupou “2 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono por ano”.
E é esse também um argumento usado pela Luvly. Apesar da empresa não fornecer tais detalhes, também afirma que o seu produto é mais sustentável, distribuindo-o desta forma.