O CEO da Mercedes-Benz tentou, através de uma analogia, explicar a atual situação do mercado automóvel: “primeiro estranha-se, depois entranha-se”.
No início do ano, a Mercedes-Benz estabeleceu objetivos ambiciosos, no sentido de garantir que, até 2025, metade das suas vendas globais correspondiam a modelos elétricos e híbridos plug-in. Contudo, o abrandamento da procura obrigou a fabricante a adiar as suas previsões.
Esse desacelerar não significou, contudo, uma desistência. A empresa continua a ver nos elétricos a solução para o futuro.
Aliás, numa entrevista, o CEO da Mercedes-Benz, Ola Källenius, explicou a atual situação do mercado automóvel, por via de uma analogia:
Quando saiu o primeiro iPhone, muita gente achou que era muito pesado. Eles gostaram mais do BlackBerry. Mas mais tarde com o iPhone 3, todos perceberam que era o melhor smartphone.
Na sua perspetiva, “é melhor investir agora e estar preparado”.
Estamos comprometidos com a descarbonização. O carro elétrico é a principal forma [de conseguir isso] e estamos a investir muito em novas arquiteturas elétricas. Do Classe S ao CLA, teremos uma gama de produtos eletrificados.
Tendo em conta que a transição elétrica não acontecerá de forma homogénea, a Mercedes-Benz optará por uma abordagem flexível, podendo tornar-se 100% elétrica nos países que o exijam já a partir de 2030, mas deixando espaço para uma mudança mais lenta naqueles que assim o decidirem.
Para responder a este processo, as suas fábricas foram projetadas para fabricar modelos térmicos e elétricos.
Na opinião do diretor tecnológico da Mercedes-Benz, Markus Schäfer, “sempre soubemos que haveria incertezas, mas para nós a […] linha é clara: focamos em desenvolvimentos totalmente elétricos”.