O Autopilot da Tesla é um sistema avançado de assistência ao condutor que tem como missão aumentar a segurança ao volante. Contudo, este sistema está permanentemente debaixo de fogo dos reguladores. O caso mais recente envolve a morte de uma adolescente e um bebé. As investigações querem apurar se o sistema falhou neste trágico acidente.
Perderam-se duas vidas, mas… terá sido mesmo culpa do Autopilot da Tesla?
O problemático Autopilot da Tesla está novamente sob escrutínio depois das autoridades federais terem anunciado que estão a investigar a tecnologia de assistência ao condutor num terrível acidente de viação na Califórnia que matou uma adolescente e um bebé.
Num piscar de olhos, as nossas vidas foram destruídas para sempre, pois o bebé Charlie foi declarado com morte cerebral devido aos ferimentos sofridos neste trágico acidente.
Lê-se numa publicação criada por uma tia.
O incidente ocorreu a 5 de julho, de acordo com o South Tahoe Now, quando o Tesla Model 3 de 2018 – com o bebé, os pais, um tio idoso e um filho de seis anos como ocupantes – colidiu frontalmente com um Subaru Impreza de 2013 conduzido por uma jovem de 17 anos, Andy Martinez.
Martinez morreu, enquanto o bebé Charlie permaneceu no hospital em suporte de vida até ser declarado morto dias mais tarde, de acordo com a agência noticiosa local. Segundo informações, os restantes ocupantes do Tesla ficaram “todos gravemente feridos”.
Esta tragédia pode levar a grandes alterações, segundo a Reuters, pois o regulador National Highway Traffic Safety Administration investiga o possível papel do Autopilot no incidente.
Piloto automático desligado
O Autopilot já foi alvo de inúmeras investigações por parte de autoridades federais. Os investigadores analisaram mais de três dezenas de casos de acidentes – envolvendo 22 mortos – que parecem ter utilizado o Autopilot, um sistema que ajuda os condutores na direção, travagem e aceleração.
A tragédia do passado dia 5 de julho vem aumentar a dúvida: será que a tecnologia é segura para as estradas públicas? Bom, o CEO da empresa, Elon Musk, tem sido incansável a afirmar que os veículos estão prestes a conduzirem-se totalmente sozinhos e que a Tesla está bem preparada, com tecnologias seguras e modernas.
No ano passado, um relatório do New York Times concluiu atualmente, por mais investigações que sejam feitas, ninguém sabe ao certo se a tecnologia é ou não segura ao ponto de estar ilibada das acusações porque faltam dados verificáveis.
Há uma falta de dados que daria ao público a confiança de que estes sistemas, tal como estão implementados, estão à altura dos benefícios de segurança esperados.
Disse o codiretor do Centro de Investigação Automóvel da Universidade de Stanford, J. Christian Gerdes, ao jornal na altura.
São várias as vozes que referem ser necessária uma investigação mais aprofundada – e provavelmente haver regulamentação mais apertada – porque este status quo não será aceite pelas famílias e entes queridos das pessoas mortas nestes acidentes.