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Infoentretenimento dos carros é inútil? Condutores acham que sim (cada vez mais)

Apesar de toda a inovação automóvel, de carros com design mais arrojado e mais tecnológicos, dados da JD Power recolhidos junto de proprietários de carros revelam que há um declínio consecutivo na satisfação dos condutores. O infoentretenimento dos carros é o principal culpado para esta insatisfação.


Demasiada tecnologia inútil nos carros?

Os sistemas de infoentretenimento dos carros modernos estão cada vez mais robustos, mas também complexos e recheados de funcionalidades que a maioria dos condutores não utiliza… Além de terem de perder muito tempo a aprender a funcionar com eles para chegarem a opções que, em carros menos evoluídos tecnologicamente, eram de acesso mais intuitivo.

De acordo com um estudo da JD Power intitulado de Automotive Performance, Execution and Layout (APEAL), a satisfação geral entre os proprietários de automóveis é de 845 (numa escala de 1.000 pontos), uma queda de dois pontos em relação ao ano anterior e três pontos a menos do que em 2021.

Um dado curioso é que, à medida que a venda de carros mais evoluídos tecnologicamente aumenta, há mais consumidores a optar por não usar os controlos de infoentretenimento nativos dos seus carros. Apenas 56% dos proprietários preferem usar o sistema integrado dos seus veículos para reproduzir áudio, abaixo dos 70% em 2020. Menos da metade dos proprietários disse que gosta de usar os controles nativos do carro para navegação, reconhecimento de voz ou para fazer ligações.

Parece ainda que a maioria das pessoas prefere usar sistemas de espelhamento de smartphones como Apple CarPlay e Android Auto. Outras pesquisas indicam mesmo que as pessoas preferem interagir com as apps dos seus telefones do que qualquer serviço inventado pela empresa que fez o carro.

Estas conclusões são ainda reforçadas pelo facto de que os utilizadores de carros com Android Automotive integrado, deram maior pontuação à categoria de infoentertenimento, do que aqueles sem o serviço da Google, principalmente os que têm Google Automotive Services (GAS) integrado.

“O declínio em anos consecutivos pode parecer pequeno, mas é um indicador de que problemas maiores podem estar a surgir” disse Frank Hanley, diretor sénior de benchmarking automóvel da J.D. Power. “Embora inovações como bases de carregamento, aplicações para veículos e recursos avançados de áudio devam aprimorar a experiência do proprietário, esse não é o caso quando ocorrem problemas. Essa trajetória descendente de satisfação deve ser um sinal de alerta para os fabricantes de que eles precisam entender melhor o que os proprietários realmente desejam nos seus novos veículos”.

De notar que o design dos carros também foi um dos fatores avaliados que mereceu uma menor pontuação face ao ano anterior.

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