Dados da Porsche, da Mercedes-Benz e da BMW revelaram que as fabricantes alemãs de automóveis de luxo sofreram uma queda nas suas vendas na China, no primeiro trimestre.
As fabricantes europeias não estão a ter na China o sucesso que as chinesas estão a conseguir reunir por cá. Afinal, as vendas caíram 3,8% para a BMW, 12% para Mercedes e 24% para Porsche. Além disso, estas duas últimas estão, alegadamente, com problemas na cadeia de fornecimento.
Apesar de as fabricantes da China estarem a conseguir entrar e vender no mercado europeu, os esforços das autoridades e das fabricantes de automóveis de cá, para impulsionar a procura na segunda maior economia do mundo, ainda não estão a ter resultados.
Além do problema das vendas na China, as vendas da Porsche na América do Norte também foram prejudicadas, tendo caído 23%. A empresa viu-as interrompidas, depois de 1000 carros e SUV da Porsche, bem como várias centenas de Bentleys e vários milhares de veículos da Audi, terem ficado retidos na alfândega dos Estados Unidos, segundo noticiámos aqui.
Tanto a Mercedes como a Porsche revelaram que as mudanças de modelo prejudicaram as vendas no primeiro trimestre, com a primeira a aumentar o Classe E na China e a segunda a atualizar os seus modelos Panamera e Taycan.
Conforme a Automotive News Europe partilhou, as fabricantes de automóveis enfrentam um ano difícil. A previsão aponta para retornos estáveis ou mais baixos e um crescimento mais lento das vendas, à medida que é feito investimento na renovação das suas linhas de produtos, com o objetivo de fazer face à crescente concorrência num contexto de procura reduzida, especialmente para os automóveis totalmente elétricos.
De acordo com a associação alemã de automóveis, VDA, as vendas totais no primeiro trimestre ficaram acima dos números do ano passado, mas permaneceram 21% abaixo das vendas de 2019.