Nos últimos anos têm sido conhecidas várias histórias de pessoas que tentar passar no exame de código com recurso a “equipamentos proibidos”.
Uma mulher que levou uma câmara de vídeo dissimulada num botão da camisa para receber instruções à distância, enquanto fazia o exame teórico de condução foi esta sexta-feira condenada a uma pena de multa de 385 euros… e a escola de condução também.
Exame de código: mulher levou câmara, um telemóvel e um aparelho de Internet
Segundo revela o CM, a escola que a propôs a exame foi igualmente punida com uma multa de 16 500 euros e obrigada a publicitar a decisão. A decisão teve de ser publicada nos jornais regionais. O diretor da escola de condução teve de pagar 915 euros por a ter ajudado a mulher.
Na primeira sessão do julgamento, disse que procurou a escola, de Tondela, porque queria obter a carta de forma legal. Admitiu ter levado para o exame a câmara, um telemóvel e um aparelho de Internet para receber instruções do exterior com as respostas corretas, mas disse estar convencida de estar a fazer o que era certo. Numa sessão posterior, corrigiu as declarações e disse que pagou 5 mil euros à escola em questão para obter a carta.
O juiz lembrou que o telemóvel apreendido foi comprado pelo arguido. “Os senhores tentaram enganar o sistema”, referiu.
Os esquemas para se conseguir a carta de condução não são novos. Desde sempre se ouviu falar em “estratégias” ilegais para se obter o título de condução e até há sites online que vendiam este tipo de documento.
O exame de condução tem como objetivo comprovar que os candidatos à carta de condução dispõe dos conhecimentos, das aptidões e dos comportamentos exigidos para assegurar uma condução segura de determinada categoria de veículo a motor. O exame de condução integra duas partes, a prova teórica e a prática.