Além de estar a apostar fortemente no campo dos carros elétricos, a China parece estar também a dar cartas no hidrogénio verde. Pelo menos, é isso que indica um novo projeto, que abastecerá a Sinopec Tahe Petrochemical.
A China está a lançar um projeto que marcará a transição de fontes de energia tradicionais, pelas quais o país é largamente criticado, para soluções mais limpas – o Sinopec Xinjiang Kuqa Green Hydrogen Pilot Project.
O foco deste projeto recai sobre o hidrogénio verde, que será utilizado para abastecer a Sinopec Tahe Petrochemical. Aliás, esta será a primeira vez que a China vai utilizar energia fotovoltaica para produzir hidrogénio verde, diretamente, em larga escala.
O objetivo passa por substituir o gás natural e a energia dos combustíveis fosseis, utilizados anteriormente na produção de hidrogénio.
Este passo não representa apenas uma evolução positiva rumo à eficiência energética. Aliás, é também um passo para reduzir a pegada de carbono da indústria de processamento de petróleo e para a integração de tecnologias de hidrogénio verde.
O projeto será acolhido por Xinjiang, na China, por se tratar de um território que abunda de recursos solares. A instalação tem uma planta de eletrólise de água de última geração, com capacidade anual de 20.000 toneladas.
O tanque esférico de armazenamento de hidrogénio tem uma capacidade de 210.000 metros cúbicos, e a rede de gasodutos de transmissão de hidrogénio tem uma capacidade de 28.000 metros cúbicos por hora.
A utilização de hidrogénio verde para abastecer a empresa petroquímica contribuirá significativamente para a redução das emissões de dióxido de carbono, com uma estimativa de aproximadamente 485.000 toneladas por ano.
Este projeto dá corpo a uma parte da estratégia da Sinopec na promoção do hidrogénio verde. Afinal, a empresa tem em curso outros projetos de hidrogénio verde: um em Ordos, com capacidade de produção de 30.000 toneladas por ano, cuja construção foi iniciada em fevereiro de 2023; e outro planeado para Ulanqab.