A União Europeia (UE) tem objetivos ambiciosos, tendo em vista a descarbonização do bloco. Para o CEO da BMW, Oliver Zipse, os objetivos em matéria de CO2 deveriam ser revistos.
O CEO da BMW, Oliver Zipse, afirmou que a UE deve rever os seus objetivos em matéria de CO2, uma vez que a pressão sobre as fabricantes de automóveis para reduzirem as emissões de carbono aumenta no próximo ano, antes da proibição total da venda de novos carros com motor de combustão de combustíveis fósseis em 2035.
Acreditamos que é essencial uma revisão abrangente da legislação relativa à emissão de CO2 na UE.
Disse o executivo, durante a conferência anual de resultados da empresa, na quinta-feira, segundo a Automotive News Europe.
Para Zipse, o aumento das metas de CO2 no próximo ano, que exige uma redução de 25% das emissões da frota de novos carros de passageiros vendidos na Europa em comparação com os números de 2021, será difícil para a indústria.
Até ao final de 2025, o mundo irá constatar que não é assim tão fácil. Nessa altura, a pressão será significativa para a indústria automóvel europeia.
Executivos querem que UE repense medidas
Apelando a uma suavização das medidas, o CEO do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, também disse que “não faz sentido que a indústria tenha de pagar penalizações quando as condições para o aumento dos veículos elétricos não estão asseguradas”.
Também o CEO da Renault, Luca de Meo, apelou a uma revisão, por via de uma carta aberta aos legisladores da UE.
Apesar da confiança da BMW em atingir os objetivos, Zipse alertou para a resistência dos clientes no impulso regulamentar para os veículos elétricos.
Algo que não é levado em conta é que se trata de uma decisão livre de milhões de clientes. Não é como a infraestrutura energética, em que se pode desligar uma coisa e depois outra acontece automaticamente.