Os robotáxis não são comuns por cá, mas os Estados Unidos da América já vão conhecendo algumas alternativas. Em mais uma a chegar às estradas, a Califórnia autorizou a empresa chinesa WeRide a efetuar testes com passageiros.
Conforme avançado pela Reuters, a empresa chinesa de condução autónoma WeRide recebeu aprovação da Califórnia para testar os seus veículos sem condutor, de acordo com uma autorização do regulador de serviços públicos do Estado.
A medida surge num momento controverso, pois a empresa procura uma valorização de até 5 mil milhões de dólares com a sua initial public offering (IPO), em Nova Iorque, ao mesmo tempo que os Estados Unidos preparam o terreno para proibir veículos com sistemas desenvolvidos na China, de acordo com pessoas próximas do assunto.
A autorização da Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (em inglês, CPUC), que foi emitida no início deste mês e tem a validade de três anos, permite à WeRide transportar passageiros em veículos de teste com e sem condutor. A WeRide não está, contudo, autorizada a oferecer boleias ao público em geral e não pode cobrar quaisquer taxas.
Com 12 veículos ativos, a WeRide irá operar em San Jose e nas áreas mais próximas, segundo a CPUC, em declarações à Reuters. A empresa, fundada em 2017, recebeu licenças da Califórnia para testar os seus veículos sem passageiros, pela primeira vez, em 2021.
Atualmente, a WeRide tem licenças para operar sem motorista em Singapura e nos Emirados Árabes Unidos.
Apesar de não estar a ser fácil, os Estados Unidos já trilharam um (relativamente) longo caminho neste mundo dos robotáxis.
Afinal, a Waymo, assinada pela Google, tem cerca de 700 veículos na sua frota, ainda que seja a única empresa americana a cobrar taxas pelos seus robotáxis não tripulados.
A General Motors está a trabalhar na sua alternativa: o Cruise reiniciou os testes com motoristas de segurança em abril, depois que um dos seus veículos ter atropelado um pedestre, no ano passado.