Como será o futuro dos carros elétricos? Com a massificação a tecnologia eletrónica está a ficar mais barata, mais criativa, mais simples e acessível. Será que comprar um carro elétrico poderá ser como hoje compramos um smartphone?
O exemplo pode parecer levado ao exagero, mas há já empresas a trabalhar em produtos baratos, simples, seguros e equipados com tecnologia de ponta. Vamos conhecer o Biomega SIN.
Com a grande explosão da oferta de produtos para o segmento dos veículos elétricos, não será exagero pensarmos que se hoje temos carros novos a 15 mil euros, os elétricos, que trazem menos mecânica complexa, poderão ser ainda mais baratos sem perder alguns trunfos ligados ao conforto e à segurança.
Vejamos o exemplo da empresa Biomega que apresentou em Xangai o seu primeiro carro elétrico fabricado com materiais leves. O veículo, que foi projetado de acordo com os padrões escandinavos de simplicidade, conforto e funcionalidade, chegará ao mercado entre 2021 e 2023 a um preço de 20.000 euros.
Não, ainda não está ao preço de um smartphone, mas estamos a falar no exórdio deste mundo dos elétricos. Estamos ainda no “pré-começo” de tudo.
Do pedal ao acelerador
A empresa dinamarquesa Biomega, que tem atividade dedicada ao design e fabrico de bicicletas premium, apresentou um novo carro elétrico urbano. Este produto tem como missão ampliar o portfólio de ofertas da empresa dedicadas à mobilidade elétrica urbana.
SIN não é significado de pecado (foi dedicado a Singapura), é o nome de um conceito para minimalismo, “menos é mais” e apresenta um veículo elétrico fabricado em fibra de carbono com tecnologia qb.
O conceito foi exibido na feira de negócios CIIE em Xangai, dedicada à importação, e chegará ao mercado, segundo os seus criadores, entre 2021 e 2023, a um preço de cerca de 20.000 euros.
A Biomega é uma empresa com sede em Copenhaga que, desde 1998, dedica o seu negócio ao desenho e comércio de bicicletas. Entre os produtos estão as bicicletas elétricas OKO e AMS-E low – oferta que traz uma bateria e roda da frente que permite ao proprietário de qualquer bicicleta adaptar a sua e tornar a mesma elétrica.
Com o mercado a tender aos veículos elétricos, a empresa começa uma nova linha de negócios com a introdução de um carro elétrico com quatro rodas, criado pelo seu designer chefe, Guillermo Calla:
É um carro inteligente que vem para resolver problemas quotidianos de circulação nas cidades
Referiu o responsável à revista americana Wired.
Menos é mais – Simples, sóbrio, elegante e moderno
A marca mostrou um produto fabricado em fibra de carbono modular com estruturas de suporte em alumínio. Este carro foi desenvolvido em colaboração com empresas parceiras na Alemanha e no Reino Unido.
Os materiais envolvidos foram pensados para serem leves e seguros, por isso o veículo obedece às regras de segurança rodoviária impostas e pesa apenas 950 kg. No habitáculo podem ser acomodadas confortavelmente quatro pessoas e o seu interior é projetado para oferecer a máxima qualidade no transporte.
Recorrendo ao estilo nacional, que caracteriza não só os produtos, mas uma linha de pensamento, a Biomega traz o “menos é mais” com típicos dos padrões de design escandinavos. Desta forma, o SIN cria um novo tipo de veículo de piso plano e grande capacidade de manobra para espaços urbanos estreitos.
Características relevantes
As imagens não deixam dúvidas. Interior bastante iluminado, com um generoso para-brisas que se estende pela parte superior do veículo, oferecendo teto solar. O desenho final incluirá as portas, que não aparecem nas fotografias do conceito mostrado na China e que, possivelmente, também poderiam ser transparentes.
Conta com quatro motores elétricos, um em cada roda, com uma potência combinada de 60 kW (82 HP). O sistema de propulsão oferece um binário de 160 Nm, suficiente para se mover livremente em ambientes urbanos.
A sua velocidade máxima é de 130 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 13 segundos. A empresa não incorporou um sistema de bateria grande para não aumentar excessivamente o peso ou o preço do veículo. Assim, o conceito apresentado é equipado por uma bateria de 14 kWh, integrada no corpo do veículo, e outra de 4 kWh, ambas removíveis que pesam, no total, 200 quilos.
Segunda versão já em desenvolvimento
A Biomega referiu no evento que está já a projetar uma segunda versão deste veículo elétrico que virá equipado com três baterias. A ideia é poder ter um módulo que se pode trocar tal como se fosse uma bateria de uma scooter elétrica, que daria ao utilizador a possibilidade de, numa estação de serviço, poder trocar a vazia por uma nova carregada.
A autonomia estimada é de 160 quilómetros, o suficiente, segundo a empresa, para cruzar a maioria das cidades algumas vezes.
Com este tipo de ofertas a “invadir” os mercados nos próximos anos, facilmente percebemos que em menos de 5 anos, este tipo de veículos estará “ao preço da chuva”… que ainda é mais barato que os smartphones.