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Mina de Montalegre e primeira refinaria de lítio em Portugal aprovadas pela APA

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu luz verde ao projeto da mina de lítio que a empresa Lusorecursos quer explorar em Montalegre, além de ter aprovado também uma refinaria no mesmo sítio – a primeira do mineral no nosso país.


A APA, não só aprovou o projeto reformulado da mina de lítio da Lusorecursos, como também deu o seu aval para se avançar com a primeira refinaria do mineral, em Portugal.

A confirmação da aprovação foi dada ao Negócios pela Lusorecursos, tendo a empresa sido notificada da decisão hoje de manhã.

A APA viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na Mina do Romano, no concelho de Montalegre, com a emissão da Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada ao cumprimento de um conjunto alargado de condições.

À semelhança do que já se verificou para projetos similares, a avaliação desenvolvida teve em consideração o interesse estratégico do lítio.

Disse a APA, num comunicado, acrescentando que o facto de a Lusorecursos propor que o lítio bruto seja refinado no próprio local “é uma evidente mais-valia do projeto, pelo valor acrescentado gerado”. Mais do que isso, fica assegurado que a cadeia de valor se desenrola em Portugal.

Nos próximos tempos a empresa mineira irá concretizar novas sondagens no terreno para localização dos filões de lítio, por forma a desenvolver os projetos de execução da obra.

O projeto da Lusorecursos tem como objetivo a exploração dos depósitos de lítio do jazigo mineral “Romano” e a sua transformação para produção de hidróxido de lítio mono-hidratado, usado nas células das baterias elétricas.

O Negócios clarificou que a concessão abrange uma área total de 825,4 hectares, embora apenas esteja prevista a exploração do lítio em 637,5 hectares. O complexo do Romano terá exploração de lítio a céu aberto em 29,7 hectares, sendo a restante mina subterrânea.

De acordo com a empresa, as obras de construção do projeto mineiro do Romano poderão ter início em 2025 (incluindo os respetivos túneis de acesso à mina subterrânea) e vão durar dois anos, estando a entrada em exploração prevista para 2027. Segundo a Lusorecursos, o investimento previsto é de 650 milhões de euros.

A APA informou que o projeto inclui um pacote de compensações socioeconómicas, nomeadamente, a alocação de 75% dos encargos de exploração ao município de Montalegre.

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