A segurança do sistema Autopilot da Tesla está a ser posto em causa pela agência norte-americana NTSB (National Transportation Safety Board). Esta agência acusa a fabricante de o seu sistema de piloto automático ser incompetente na monitorização de atenção do condutor num acidente em janeiro de 2018.
A Tesla já se pronunciou sobre o relatório publicado pela NTSB e deu a garantia que o seu Autopilot melhorou muito desde então. Para além disso, afirma que atualmente conta com meios mais completos e eficazes de verificar se o condutor está atento à circulação em situações de Autopilot.
Em janeiro de 2018, em Culver City na Califórnia, ocorreu um acidente rodoviário que envolveu um Tesla e um camião dos bombeiros. O Tesla Model S ía com Autopilot ligado e embateu no veículo dos bombeiros a 31 mph. Felizmente não houve danos humanos graves, mas as autoridades competentes decidiram investigar o caso.
Na passa terça-feira, a agência federal norte-americana NTSB divulgou finalmente o relatório referente a este acidente e, para além de confirmar o avançado na altura, colocou ainda em causa a capacidade de monitorização de atividade do condutor em situações de Autopilot.
Autopilot e sensor de toque insuficientes para a segurança
Os veículos Tesla recorre a um “sensor de toque” para determinar se o condutor está com as mãos no volante aquando da utilização do Autopilot. Contudo, este mecanismo aparenta não ser suficientemente eficaz e já tinha sido criticado pela NTSB nos idos de 2017. O acidente ocorrido em Culver City é exemplo disso, em que o condutor falhou quatro alertas visuais e um auditivo, mas o Autopilot continuou ativado até acabar por embater no camião.
Because driving is an inherently visual task, a driver might touch the steering wheel without assessing the roadway, traffic conditions, or vehicle performance. As a result, “monitoring steering wheel torque provides a poor surrogate means of determining a driver’s degree of engagement with the driving task.
A agência recomenda que, a somar ao “sensor de torque” colocado no volante, a Tesla deve também recorrer a monitorização visual de modo a garantir que os olhos do condutor estão focados na estrada e na condução. O Cadillac Super Cruise, por exemplo, tem uma tecnologia semelhante à referida pela agência norte-americana.
A Tesla já lançou uma resposta ao relatório da NTSB e afirma que o seu sistema de piloto automático sofreu várias evoluções desde então. Assim sendo, está agora mais completo e mais rigoroso no que toca à monitorização da atividade do condutor para garantir que este está atento à estrada. Além disso, a fabricante ressalva que os condutores sabem antecipadamente que não se devem abstrair da estrada, mesmo quando estão a transportados recorrendo ao Autopilot.
Since this incident occurred, we have made updates to our system including adjusting the time intervals between hands-on warnings and the conditions under which they’re activated. Autopilot repeatedly reminds drivers of their responsibility to remain attentive and prohibits the use of Autopilot when warnings are ignored.
Tesla deverá ser mais concreta
Mesmo assim, a agência de segurança rodoviária quer que a Tesla explique especificamente as melhorias impostas no piloto automático desde então, mas especialmente as implementações que planeia realizar no futuro. Segundo a NTSB, as outras fabricantes já enviaram os seus planos futuros para este segmento, estando em falta apenas a empresa de Elon Musk.
A somar a este acidente que ocorreu em janeiro de 2018, a NTSB está a investigar outros acidentes fatais com veículos Tesla em modo Autopilot ligado: um na Califórnia em março de 2018 e outro na Flórida em março de 2019.