Alterar as definições no Windows não é um processo complicado. A app Definições é o centro de controlo do sistema da Microsoft, mas nem tudo reside ali. Agora, e do que é reportado, a Microsoft está a tornar muito mais difícil mudar o browser padrão no Windows.
A ideia do controlo do browser padrão no Windows tem sido um problema para os utilizadores ao longo do tempo. Não raramente, a Microsoft muda as regras e impõe novas barreiras para retirar o Edge do padrão do seu sistema, quase sempre associado a problemas e a bugs que vão surgindo.
Uma nova situação está a ser agora reportada, revelando que existe um novo driver instalado no sistema e que limita como o browser padrão pode ser mudado. Este está a bloquear o aceso a algumas zonas do registo do Windows, limitando este processo que sempre foi simples.
I got multiple reports that #SetUserFTA and #SetDefaultBrowser http/s associations stopped working after the newest Windows 10 updates. Cannot reproduce it myself yet, but i know what causes the issue. I always expected Microsoft to do that move. Im working on it – stay tuned.
— Christoph Kolbicz (@_kolbicz) February 23, 2024
Na prática, esta nova regra não impede os utilizadores de fazerem a mudança, levando apenas a que estas sejam realizadas na app Definições. Todas as apps que até agora eram usadas para este fim, bem como eventuais alterações no registo, deixam de funcionar, retornando apenas um erro no sistema.
Este novo cenário ainda não foi justificado pela Microsoft, tendo sido apenas agora reportado. Chegou com a atualização de segurança de fevereiro ao Windows 10 e 11, passando de imediato a limitar quer as app, quer os processos de mudança do browser padrão nestes sistemas operativos.
Em boa verdade, este cenário acaba por ser positivo no que toca à segurança. Todos os agentes mal-intencionados deixam de conseguir alterar este parâmetro do Windows de forma não visível. Além disso, há quem argumente também que a mudança da Microsoft está relacionada com regulamentações europeias para concorrência leal entre empresas de software.
Independentemente das razões que levaram a Microsoft a criar este novo mecanismo, a verdade é que a criadora do Windows deveria notificar os utilizadores. Desta forma evitavam-se problemas reportados e situações em que o software de terceiros deixou de funcionar como esperado, sem uma solução à vista.