Quando iniciou o desenvolvimento do Windows 10 nas suas várias plataformas, a Microsoft comprometeu-se em mantê-las atualizadas entre si, não deixando nenhuma para trás e mantendo-as sempre na mesma linha de desenvolvimento.
A verdade é que o Windows 10 Mobile tem ficado esquecido e muitas vezes não acompanha esses desenvolvimentos. Este caso pode agora ser pior, com a Microsoft a anunciar que não vai criar a Redstone 3 para este sistema operativo móvel.
Os trabalhos da Microsoft na versão Redstone 3, que chegará no outono como o Fall Creators Update, já se iniciaram e até começaram a chegar ao Windows 10, no programa Insiders. Esperava-se que essas mesmas novidades fossem abertas no Windows 10 Mobile, o que ainda não aconteceu.
A própria Microsoft anunciou agora que não iria ser criada uma versão Redstone 3, no webcast mensal que realiza sobre a novidades que lança nas versões de testes do programa Insiders. Em resposta à pergunta sobre se seria lançada a versão Redstone 3 do Windows 10 Mobile, a resposta foi um rotundo “Não”.
Para já este sistema será mantido na linha de desenvolvimento feature2, que na prática significa apenas o lançamento de correções de segurança e outras pequenas melhorias, mas nada de significativo. A Microsoft pode no entanto ter algo novo a caminho.
Isto significa que a Microsoft deverá ter colocado os desenvolvimentos do Windows 10 Mobile em pausa, não se antevendo um futuro brilhante para este sistema, pelo menos para já. Muitos já compararam esta situação ao Windows Phone 7, que acabou por receber apenas a versão 7.8 no seu fim de vida.
Esta situação poderá significar também que deverá estar para chegar em breve o fim do suporte aos mais modernos equipamentos que têm o Windows 10 Mobile. Ficam assim sem atualizações os Lumia 950 e 950XL, o HP Elite X3 ou o Alcatel Idol 4S.
A última build Insider do Windows 10 já revelou esta situação, não trazendo qualquer novidade e apresentando apenas correções de pequenos problemas e outros erros.
A Microsoft estará a preparar uma mudança radical no seu sistema operativo móvel, que deverá chegar sob a forma de Cshell, uma versão diferente da sua interface, que se deverá adaptar às dimensões dos ecrãs e que será mais próxima do Windows 10 de desktop. Provavelmente essa nova versão deverá adotar um novo nome para se distanciar da atual.
Há vários fatores para a Microsoft abandonar este seu sistema, mas principalmente estará a fraca adopção do mercado aos dispositivos que têm o seu sistema operativo. Enquanto a empresa ou um dos seus parceiros não colocarem no mercado dispositivos que sejam mais apelativos aos consumidores, dificilmente vai conseguir quebrar este problema.
Por outro lado, a Microsoft tem repetidamente falado em lançar um novo dispositivo que irá revolucionar a forma como usamos os dispositivos móveis, e também em colocar no mercado dispositivos que, recorrendo a processadores ARM, conseguem correr versões completas do Windows 10. Poderá ser que a combinação destes dois elementos possa revitalizar esta área de negócio da Microsoft.