Numa altura em que se encerra um dos quatro capítulos financeiros do ano, a Microsoft anunciou agora que obteve uma receita de 35 mil milhões de dólares neste primeiro trimestre. Na nossa moeda, este valor corresponde a mais de 32 mil milhões de euros. Dos resultados, há várias conquistas que se destacam, como, por exemplo, o crescimento do Azure em 59%, o Surface em 1% e ainda a rede social profissional LinkedIn em 21%.
A gigante americana obteve excelentes resultados impulsionados pelo trabalho remoto e serviços cloud.
Microsoft com resultados positivos no 1.º trimestre de 2020
As empresas começaram a anunciar os resultados deste primeiro trimestre de 2020, e há algumas horas a Microsoft anunciou os seus. A gigante de Redmond obteve uma receita de 35 mil milhões de dólares, cerca de 32 mil milhões de euros. No 1.º trimestre de 2019, a empresa tinha alcançado 30,6 mil milhões de dólares, ou seja, cerca de 28 mil milhões de euros.
Ao nível do valor do lucro líquido, a empresa conseguiu 10,8 mil milhões de dólares (cerca de 10 mil milhões de euros), e o lucro por ação atingiu os 1,4 dólares, ou seja, 1,30 €. No mesmo período de 2019, a Microsoft apresentava um lucro líquido de 8,8 mil milhões de dólares (cerca de 8 mil milhões de euros) e por ação o lucro assentava nos 1,14 dólares, cerca de 1,05 euros.
Comparativamente a 2019, percebemos que este ano de 2020 até que está a ser positivo para a Microsoft, mesmo em fase de crise provocada pela pandemia. A receita e os lucros mostram valores mais animadores face ao mesmo período do ano passado. Os números são ainda mais altos do que os analistas estimavam, ou seja, apontavam para uma receita de 33,7 mil milhões de dólares, correspondente a 31 mil milhões de euros e lucros por ação na ordem dos 1,26 dólares, cerca de 1,16 euros.
A crise da pandemia teve impacto, mas pouco
Apesar dos valores positivos, estes resultados ainda poderiam ser ligeiramente melhores, pois a crise provocada pelo coronavírus afetou o desempenho financeiro, mesmo que de uma forma pouco significativa. Segundo a Microsoft:
A COVID-19 teve um impacto líquido mínimo na receita total da empresa.
Possivelmente esta realidade deve-se ao facto de, ao contrário de outras empresas como Google e Facebook, a receita da Microsoft não é devida na sua maioria a publicidade.
As ações da empresa de Redmond aumentaram 4% nas negociações regulares e 3% em negócios fora de horas. A Microsoft devolveu 9,9 mil milhões de dólares aos acionistas (9,11 mil milhões de euros), na forma de possibilidade de comprar ações e dividendos.
De acordo com o CEO Satya Nadella, em comunicado:
Vimos dois anos de transformação digital em dois meses. Desde o trabalho remoto em equipa até à aprendizagem, às vendas e ao atendimento ao cliente, a infraestrutura e segurança na cloud – estamos a trabalhar ao lado dos clientes todos os dias para os ajudar a adaptarem-se e a manterem abertos os seus negócios, num mundo em que tudo é remoto.
Azure com um aumento de 59% na receita
Numa vista resumida sobre os 3 grandes grupos da Microsoft os resultados mostraram que:
- Produtividade e Negócio: Aumento de 15% para 11,7 mil milhões de dólares (10,76 mil milhões de euros). A receita de escritório cresceu 13% e a receita do consumidor e da cloud teve um aumentou de 15%. A Dymanics aumentou 17% e o LinkedIn cresceu 21%. Os assinantes do Office 365 atingiram os 39,6 milhões.
- Cloud: Aumento de 27% para 12,3 mil milhões de dólares (~11,3 mil milhões de euros). A receita de produtos de servidores e serviços cloud cresceu 30% e a referente aos serviços corporativos aumentou 6%. A Azure, como já seria de esperar, aumentou 59%.
- Computação Pessoal: Aumento de 3% para 13,2 mil milhões de dólares (12,14 mil milhões de euros). A receita do Windows OEM não teve alterações significativas, já a receita comercial do Windows aumentou 17%. A publicidade de pesquisa, tirando os custos de tráfego, aumentou 1%. A receita do Surface aumentou 1% e a dos conteúdos e serviços da Xbox teve um aumento de 2%.
Portanto, esta é uma radiografia financeira muito positiva que prepara a empresa com forma para meses mais complicados.