Bacon “Nenhum utilizador ama o seu Android… com o Ubuntu Phone OS tudo será diferente”
A CES 2013 terminou no passado dia 11 de Janeiro. Muitos foram os equipamentos e tecnologias apresentadas, pelos mais diversos players do segmento da tecnologia e electrónica, mas o UbuntuOS, apresentado pela Canonical, que até teve direito a uma demonstração (ver aqui) por parte de Mark Shuttleworth, foi sem duvida o centro das atenções.
Muitos jornalistas e analistas viram de perto o SO da Canonical, tendo “recolhido” algumas reações de Mark Shuttleworth e Jono Bacon. Aqui ficam 5 razões possíveis porque é o Ubuntu Phone OS diferente da concorrência e porque poderá este ser um caso de sucesso.
5) Ubuntu Unity Interface
A equipa responsável pelo projecto começou o desenvolvimento da interface Unity há uns anos atrás, sempre com o objectivo de criar uma interface única e transversal a diferentes equipamentos (PC’s, smartphones, tablets, etc). Apesar da interface ser bastante criticada no segmento dos PC’s, a interface também presente no Ubuntu Phone OS é bastante fluída bonita, bem organizada o que certamente garantirá uma boa usabilidade.Assim, os utilizadores do Ubuntu não necessitarão de se adaptar a outras plataformas pois o Ubuntu estará disponível para smartphones, TV, PCs, etc
Segundo Bacon, os utilizadores que possuam um Galaxy Nexus vão poder experimentar, já em Março ou até mesmo em finais de Fevereiro.
4) Simples de actualizar (e sempre actualizado)
Segundo referiu Shuttleworth ao jornalista do ZDnet, o Ubuntu Phone OS, ao contrário do Android, terá sempre actualizações (oficiais) frequentes. De referir que nem sempre os utilizadores do Android têm a possibilidade de testar as ultimas versões do Android nos seus equipamentos…já para não falar nas versões oficiais (que raramente são disponibilizas pelas empresas).
Bacon referiu que o Ubuntu Phone OS não seguir o mesmo modelo da versão para desktop, até porque é necessário personalizar as imagens para cada dispositivo.
3) Simples de personalizar
A personalização da plataforma, ao nível da interface, será simples e os utilizadores poderão desenvolver as suas próprias aplicações.
2) Compatibilidade com as aplicações para Desktop
A compatibilidade entre ambientes (móvel e Desktop) é sem duvida um dos pontos fortes da Canonical. LibreOffice, Gimp, Rhythmbox, entre milhares de outras aplicações vão poder correr em smartphones com o Ubuntu Phone OS, sendo apenas necessário proceder a ajustamentos ao nível da Interface.
Para facilitar todo este processo de “trazer” as aplicações do Desktop para o smartphone, Bacon referiu que os programadores devem começar a ambientar-se com a linguagem QML (Qt Meta Language) para desenvolvimento de interfaces. QML, assim como HTML5 e OpenGL terão suporte nativo no Ubuntu.
1) Mercados/Segmentos
Ao contrário do que o Android se tornou, o Ubuntu Phone OS foi desenvolvido com o objectivo de oferecer uma experiência única em dispositivos com baixo processamento. Shuttleworth referiu inclusive que esta será a chave do sucesso do sistema operativo e que levará certamente muitos utilizadores a adpota-lo.
O Ubuntu Phone OS estará disponível para dois tipos de smartphones: Smartphones de baixa performance “low end” em Smartphones considerados de alta performance (saber mais aqui).
Bacon fez uma observação interessante “Nenhum utilizador ama verdadeiramente o seu Android… com o Ubuntu Phone OS tudo será diferente”. O Ubuntu Phone OS juntará a usabilidade e elegância do IOS e o poder do Android numa única plataforma. [via ZDNet]
Estes são alguns dos trunfos da Canonical, para que o Ubuntu Phone OS tenha sucesso. A plataforma promete ser diferente e a questão dos updates regulares e da compatibilidade com as aplicações Desktop, são sem duvida boas apostas. A partir de Fevereiro/Março o feedback será diferente já que os utilizadores poderão ter acesso ao Ubuntu OS para testar Galaxy Nexus.
Tendo como base o que já falamos sobre o Ubuntu Phone OS, quais os pontos que considera que permitirão o Ubuntu Phone OS um caso de sucesso.