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Os “grandes” lucros das distribuições Linux

Um dos assuntos debatidos no início desta semana na comunidade Pplware@Linux foi os lucros que uma distribuição Linux pode apresentar. De facto, esta é uma dúvida corrente de muitos utilizadores, que normalmente questionam como é que o mundo do Linux/software open source sobrevive se, aparentemente, não “vendem” qualquer produto.

Contudo, as grandes empresas responsáveis pelas “grandes e populares” distribuições Linux apresentam valores de receita muito interessantes. Vamos conhecer os lucros associados à Canonical, Red Hat, e SUSE.

Num artigo publicado na NetworkWorld, pode ler-se que as principais empresas que detêm as mais populares distribuições Linux, apresentaram no ano passado lucros na ordem dos milhares de dólares.

SUSE

A SUSE é actualmente uma subsidiária da Attachmate Group, uma empresa privada de software empresarial. No Verão de 2012, durante o evento SUSEcon 2012, a SUSE anunciou ser uma empresa rentável, com um volume de facturação na ordem dos US $ 200 milhões (USD) (cerca de 153.10 milhões euros) e as expectativas é que haja um crescimento contínuo em 2013. A empresa comercializa o SUSE Linux Enterprise (nas versões Server e Desktop), ferramentas de gestão de servidores e vários produtos/serviços para suporte empresarial e o SuseStudio.

RedHat

Por sua vez, a Red Hat apresentou, só em Dezembro passado, um lucro na ordem dos $38.2 milhões de dólares (cerca de 30 milhões de euros) , sendo que a facturação do último trimestre da empresa ronda os 322 milhões de dólares (cerca 250 milhões de euros). À semelhança da SUSE, a rentabilidade da empresa não surpreende uma vez que esta também comercializa alguns serviços para o segmento empresarial.

Canonical

A Canonical  é uma empresa fundada pelo sul-africano Mark Shuttleworth, sediada na Ilha de Man, que desenvolve software livre. O Ubuntu (o principal produto), tem apresentado características capazes de ombrear com qualquer sistema operativo como por exemplo uma interface amigável e funcional, nível de personalização, suporte melhorada para hardware e requisitos mínimos, segurança e preço são, sem dúvida, características que fazem com que o sistema operativo GNU/Linux seja cada vez mais competitivo. A Canonical emprega funcionários em mais de 30 países e mantém escritórios em Londres, Boston, Taipé, Montreal, Xangai, São Paulo e Ilha de Man.

Estima-se que em todo o mundo sejam cerca de 20 milhões de utilizadores que usam a distribuição da Canonical . Apesar de não existirem valores concretos Mark Shuttleworth (fundador da Canonical), declarou, em 2009. cerca de US $ 30 milhões –  cerca de 23 milhões de euros)

Além disso a Canonical está também no mundo dos tablets, dos smartphones – com Ubuntu Phone OS, das TVs e até que sabe não conquistará o segmento automóvel já em 2014. Esta será provavelmente uma das grandes empresas já em 2013.

Estes são alguns dos “números” que vão sendo divulgados. De facto desengane-se quem pensa que o software livre e as distribuições Linux não dão dinheiro. Apesar de nem sempre serem receitas directas, há sempre um conjunto de serviços que suportam todo o ecossistema de uma empresa.

Tinha ideia que uma empresa responsável por uma distribuição Linux  pudesse ganhar assim tanto dinheiro?

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